Irmãos e irmãs, no último dia 20 de junho foi comemorado o dia do refugiado. Numa breve busca no dicionário pelo significado da palavra, encontra-se: “indivíduo que se mudou para um lugar seguro, buscando proteção". Lembrando-se dessa data o papa Francisco fez uma convocação aos cristãos do mundo inteiro: “Você tem que encontrá-los, ouvi-los e recebê-los [...], suas histórias e suas faces nos chamam para renovar o esforço e construir a paz na justiça.”
Recentemente, o papa Francisco nos deu um exemplo concreto de evangelização, com a acolhida dada às famílias mulçumanas, somando-se ao todo, o número de 12 pessoas. Assim, fez cumprir a palavra do Senhor que nos diz: “Tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era peregrino e recolheste-me, estava nu e deste-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.” (Mt 25, 35-36). Na esperança da difusão deste gesto, o papa ainda fez o seguinte comentário: “É uma gota no mar, mas, depois desta gota, o mar não será mais o mesmo”.
Nesse nosso tempo, a migração e o refúgio tem crescido em todo o planeta. As vítimas da violência, da pobreza, do tráfico humano, da exploração sexual e de diversos outros fatores partem em busca de um futuro melhor. Como consequência, sofrem pela adversidade de cultura, medos, diferentes realidades, etc. Apesar de tudo isso, permanece neles a esperança de alcançar condições para uma vida mais favorável.
A igreja coloca-se ao lado de todos aqueles que se esforçam por defender o direito de cada pessoa a viver com dignidade. Ao passo que nos encoraja a assumir o compromisso de solidariedade, comunhão, evangelização e recepção do estrangeiro, na certeza de que assim fazendo, abrem-se as portas de Deus.
A hospitalidade vive de dar e receber. Neste sentido, o cultivo de bons contatos pessoais e a capacidade de superar preconceitos e medos são ingredientes essenciais para a promoção da cultura do encontro. Ninguém deve ser considerado inútil, intruso ou descartável, a igreja, mãe de todos, propaga viver efetivamente a sua maternidade. Para tanto, nutre, guia, aponta o caminho, acompanha com paciência e solidariza-se com a oração e as obras de misericórdia.

Irmãos e irmãs, reflitamos sobre quais mudanças poderemos fazer na vida desses refugiados, “a gota d’agua que fará a diferença!” Talvez, um simples gesto de acolhimento, de doações de tempo, vestimentas, alimentos e abrigo poderão ser suficientes. Importa, pois, suscitar nestes irmãos, a esperança de um futuro melhor, da alegria de viver que brota da experiência da misericórdia de Deus que se manifesta nas pessoas pelas quais cruzam nossos caminhos. 

Geovana Lino - Formadora
 Fraternidade Frei Leão de Assis  -Anápolis/GO