Natal: Um Presente de Deus


“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz” (Isaías, 9:5).

Natal. Família reunida, mesa posta para a ceia, brincadeiras, amigo secreto e troca de presentes. Há toda uma mágica. Surge aquele sentimento de euforia, um desejo de sorrir para desconhecidos, de fazer o bem e ajudar o próximo. Um momento de amor.

Natal, de acordo com o dicionário Aurélio, significa “relativo ao nascimento (...). Dia em que se comemora o nascimento de Cristo [25 de dezembro]”. Para nós, cristãos católicos, têm-se o significado espiritual, a recordação de que o Filho de Deus se tornou carne da frágil humanidade para a nossa salvação.

“Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados” (Mateus, 1:21).

A humanidade ganhou um presente, um plano divino concretizado pelo “Sim” de uma jovem virgem e pela fé de seu noivo. Assim, o significado de Natal se torna ‘começo, recomeço, uma nova chance’, a confiança de Deus e o ‘acreditar’ do Pai em sua criação, Sua doação por nós.

O maior desejo de São Francisco era observar o Evangelho, segui-lo em tudo e por tudo, imitando com dedicação os “passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina”. Por amor a Ele, por entender a importância do Natal, São Francisco também presenteia a humanidade, de forma singela, na cidade de Greccio, no Natal de 1223, montando o primeiro presépio da história do Cristianismo.

“Hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolvido em faixas e posto numa manjedoura” (Lucas, 2: 11,12).

Seu intuito era fazer nascer Jesus Menino, fazer com que as pessoas entendessem a pobreza-humilhação do Filho de Deus na sua vinda ao mundo. Francisco queria que todos entendessem que o Natal deveria ser celebrado com alegria e generosidade para com os pobres e com os animais.

Frei Almir Ribeiro Guimarães, no livro “Por que todos andam atrás de ti?”, explanou: “Gostamos de frequentar Greccio, nossa Belém. Nunca ninguém soube tão bem festejar o nascimento de Deus na terra dos homens: palha, despojamento, frades encantados e extasiados, homens e mulheres com tochas acesas e Francisco, feito um dançarino de Deus, cantando a glória do Menino das Palhas, do Menino Pobre, do Deus que se torna criança”.

Isto não podemos perder, o prazer de contemplar o Deus Filho, o Menino, o Salvador. A obra de São Francisco, o presépio, se torna isso: a representação do amor de Deus e das ações de Maria e José. Um lembrete de ‘Deus Conosco’.

Certa vez ouvi que deveríamos nos apegar ao sentido do Natal no dia 25 de Dezembro, lembrar do significado da comemoração, refletir sobre o Menino Jesus que nasceu para nos salvar. Não gosto muito desta ideia, porque aparenta que deveríamos lembrar do nascimento de Jesus somente nesta data. São Francisco considerava o Natal a festa das festas, mas vivenciava o Evangelho e Jesus em cada segundo, em cada dia.

Por isto, desejo que todos tenham um Feliz Natal, mas que também vivam o Natal todos os dias a partir desta data. Que cada um agradeça a Ele, que o contemple, o imite. Que ame o próximo e que distribua sorrisos. Que seja preenchido de felicidade e euforia, até mesmo nos dias difíceis.

Que todos os dias sejam um novo (re)começo, um Natal... Uma vida de Amor!

Paz e Bem!

Thaís Mota Guerra
Secretária Regional de Formação (Regional NEB4)
Fraternidade Luz de Assis – Eunápolis/BA