ENCONTRO: JUVENTUDE E DEPRESSÃO


Introdução: A depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo e é cada vez mais espaço de debate em diversos meios. Saúde Mental é um tema que por muito tempo foi tratado como senso comum e deslegitimado no que se refere ao cuidado do ser humano. Com o crescente número das estatísticas em depressão, ansiedade e suicídio, principalmente nos jovens, percebe-se que este é um assunto de extrema importância e cada vez mais urgente.

Objetivo: Sensibilizar o jovem franciscano acerca da importância de se discutir Saúde Mental.

Ambientação: Posicionar as cadeiras em uma roda, possibilitando maior proximidade entre os irmãos. Ao centro, uma imagem de São Francisco, velas, e dados estatísticos sobre depressão.
PRIMEIRA PARTE

Acolhida: Acolher todos os irmãos com ‘Paz e bem’ e fazer um pequeno exercício de cinco minutos: dividir a fraternidade em duplas ou trios para compartilharem entre si como foi sua semana. Depois desse exercício, a fraternidade iniciar o encontro cantando o sinal da cruz.
Pedir para que um irmão leia os dados estatísticos no centro:

DADOS
·         21% dos brasileiros de 14 a 15 anos possui sintomas de depressão;
·         Entre mulheres, o dado é de 28% com sintomas de depressão;
·         1 a cada 10 jovens já pensaram em suicídio;
·         5% dos jovens já tiveram pelo menos uma tentativa de suicídio.
·         2898 jovens entre 15 e 29 anos cometeram suicídio em 2014.

Questionamentos:
·         Por que não falamos sobre depressão e suicídio?
·         Como estamos lidando com Saúde Mental em nossa sociedade?
·         Como eu estou cuidando da minha Saúde Mental?

SEGUNDA PARTE

Depois da reflexão em grande grupo, dividir a fraternidade em três grupos. Para cada grupo será entregue um depoimento anônimo* de uma pessoa que sofreu de depressão. O grupo deve discutir sobre o depoimento e responder algumas perguntas:
·         Como você agiria se algum viesse pedir algum conselho e apresentasse sintomas depressivos?
·         Como a mídia e a sociedade influencia a saúde mental de nossos jovens?
·         De que forma a Igreja está lidando a depressão na juventude?
·         Como jovem franciscano, que atitudes devo tomar perante essa temática?
Após a discussão, cada grupo apresenta o que foi discutido para o grande grupo, objetivando trocas opiniões e a reflexão acerca do que foi exposto. Ao final, coloca-se uma música calma para que cada um reflita em silêncio como está lidando com sua saúde mental ou atento ao outro. Por fim, ressalta-se que o coordenador do encontro, dê algumas orientações importante sobre esse tema:
·         Sempre que for identificado caso iminente de suicídio, contate a família da pessoa imediatamente e aconselhe ficar próxima e atenta, além de procurar um profissional;
·         Se sentir que possui algum sintoma depressivo ou alguma situação que esteja lhe deixando muito ansioso, recorra à profissionais da saúde mental;
·         Seja sempre um bom amigo, mas quando sentir que esse papel não é mais suficiente, aconselhe a ajuda da família e outros profissionais;
·         Procure não guardar seus sentimentos para si, procure alguém para desabafar.

Oração final: Oração de São Francisco de Assis. Encerre o encontro com um grande abraço em cada irmão.
“A sensação de que eu me sinto constantemente um empecilho, ou um fardo, que sou uma mãe ruim porque estou fazendo um grande esforço.”
“Já se sentiu como se estivesse afogando, mas você olha ao redor e todos estão tendo acesso a bastante ar?”
“O que você não vê são os anos que ela toma de você, as lágrimas, o seu emprego perdido, pessoas te dizendo para superar, a confusão, o julgamento. Me sentindo sozinha.”
“O que você não vê são as noites de insônia com pensamentos obscuros, ansiedade, choro, tremedeira e a incapacidade de buscar ajuda”
“Eles me dizem para “lutar” contra ela, mas não entendem que o simples movimento de ir da cama para o sofá JÁ SOU eu “lutando”.”
“As pessoas sofrem em silêncio todos os dias. Seja gentil, você não conhece as batalhas das pessoas. Não aja como se soubesse.”

OBS: Caso aconteça de surgir depoimentos espontâneos por parte dos irmãos, forneçam uma escuta e palavras de conforto. Além disso, utilizem das orientações feitas anteriormente. Também sugere-se, caso seja possível na fraternidade, a presença de um profissional da saúde mental para auxiliar nas discussões e orientações.

Amanda Correia Rocha
Secretária de Formação
Regional Sul 3 (RS)