Santa Rosa, nascida em berço pobre e humilde, possuía uma grande vocação religiosa. Desde sua infância já manifestava o seu grande amor e obediência a Deus Pai. Ainda jovenzinha, a menina gostava de evangelizar todos os cidadãos da sua cidade natal, Viterbo. Seguindo os exemplos de Francisco e Clara de Assis, ela estava sempre disposta a ajudar e alimentar os mais necessitados.
Em sua juventude, Rosa passou por muitas dificuldades, pois em decorrência de ser muito religiosa e defensora de sua fé, ela e outros cristãos foram expulsos de sua cidade, pois o rei da época era contra a Igreja Católica e ao Papa. Contudo, isso não a impediu de continuar sua vida evangelizadora e a luta constante em defesa de seus ideais.
Conta-se que em um dos principais momentos de sua adolescência, Rosa sentiu-se chamava pela Virgem Maria a entrar na Ordem Franciscana. E foi assim que este chamado tornou-se seu objetivo de vida!
“Levanta-se minha filha porque amanhã irás a Igreja de São João Batista, depois à de São Francisco, onde tomarás o hábito da Ordem Terceira”.
No entanto, a jovem precisava completar a idade necessária para ingressar na Ordem. Então, até a chegada deste momento, Rosa continuou sua jornada franciscana, se entregando totalmente a Deus, através de jejuns, orações e contemplação, além de estar sempre auxiliando os mais necessitados e lutando pela paz de seu povo. Independente do que acontecesse, a sua fé e perseverança eram inabaláveis.  
Rosa viveu muito pouco, aos dezoito anos a santinha foi chamada a descansar no colo de Deus Pai, coberta pelo manto da Virgem Maria. A menina foi um grande exemplo de luta, fé, determinação e confiança nos chamados de Deus. Ela deixou a sua marca de vida e santidade registrada na história da igreja católica.

A “SERIEDADE ALEGRE” DE ROSA
*Por Papa João Paulo II em seu discurso às Irmãs Recolhidas no Santuário de Santa Rosa na visita pastoral na cidade de Viterbo – Domingo, 27 de maio de 1984.
“Assim como toda alma que deseja verdadeiramente seguir a Cristo, especialmente no que se refere à vida consagrada, Santa Rosa, entre outros santos, ensina-nos, com sua vida, o que poderia definir como a "seriedade alegre" do compromisso assumido diante de Deus quando seu chamado é respondido: alegria, pela consciência do amor especial do qual ela se opôs imerecidamente; seriedade, sabendo que este chamado concretamente envolve o sentido total de nossa existência. A vocação cristã e batismal e, mais ainda, a vocação religiosa, que é o seu desenvolvimento, toca intimamente nosso ser diante de Deus com a nossa atitude - positiva ou negativa - diante dela, colocamos o nosso destino eterno em risco.
Mas o que supõe? Evidentemente, a capacidade de colocar nossa existência em relação com o absoluto, com o eterno, que é - em última instância - com Deus; supõe, em outras palavras, a capacidade de descobrir plenamente aquela imagem de Deus que está em nós e o que somos de fato. É somente agarrando, com uma aptidão especial para escutar, esta "centelha" eterna que existe em nosso espírito - o chamado divino - que nós, vencendo o transitório e o contingente, poderemos tomar essa decisão final sobre o significado de nossa existência. Uma decisão que, como é um ato de confiança na ajuda divina, é também o sinal da verdadeira maturidade humana. Nesta ligação livre para sempre a Deus - um presente significa um período de verificação prudente - alcançamos a verdadeira liberdade e integridade de nossa personalidade, em um sentido humano antes mesmo de sermos cristãos.
Santa Rosa nos lembra com seu exemplo brilhante a necessidade de ter força para superar esse medo que vem do elemento de incerteza própria da nossa existência e de afirmar, com corajosa humildade, a dignidade do nosso ser chamado à vida eterna e, portanto, a decisões irrevogáveis. Este é o caminho para realmente perceber a personalidade humana e cristã.
Em Santa Rosa, vemos o exemplo desta adesão generosa e total ao chamado divino. Em sua breve existência, a heróica convicção com a qual ela foi capaz de aceitar a palavra de Deus em sua vida nos torna conscientes do grau e intensidade com que ela viveu sua fidelidade incondicional a Deus.
Nessa jovem é admirável a profissão pública de sua fé: uma atitude que denota nela a dedicação ao bem comum da sociedade e da Igreja, que constitui um dos componentes essenciais do amor cristão pelo próximo, fundado, como sabemos, escutando e praticando a vontade divina. De fato, é da sua intimidade com Cristo Senhor e da sua disponibilidade ao seu Espírito, que Rosa atraiu essa admirável sabedoria e força, que lhe permitiu levar a cabo o seu apostolado, apesar das dificuldades e oposições que encontrou.
Por estas razões, apesar da profunda mudança dos tempos, ela é um importante ponto de referência para todas as jovens cristãs que querem realizar em plenitude e com verdadeira liberdade a dimensão social e eclesial da sua personalidade”.
Através deste discurso, percebemos o grande exemplo de Santa Rosa de Viterbo, exemplo de vocação, compromisso e perseverança em Deus. Devemos, como ela, sermos exemplos em nossas vidas. Por isso, em momentos de indecisão devemos nos silenciar, e buscar ouvir o que Ele quer nos dizer.
Muitas vezes achamos os serviços do dia a dia pesados, exaustivos, e devido a isso desanimamos no decorrer do caminho. Deixamos de lado e nos afastamos de nossos compromissos e esquecemos que temos um Deus que nos convida, de inúmeras maneiras, a servimos.
Em nossas fraternidades, quando assumimos um serviço ou uma responsabilidade e aceitamos de coração: foi por Ele! E é por Ele que devemos perseverar, pois independente dos obstáculos, com o amor de Deus e a união dos irmãos, seremos mais fortes e imbatíveis.

Leituras recomendadas: Isaias 30:21; Efésios 4:1-4

Santa Rosa de Viterbo, rogai por nós.
Paz e Bem!
Natalí S. da Rocha, JUFRA
Formadora do Regional Sul I


Fontes:
https://www.nossasagradafamilia.com.br/conteudo/santa-rosa-de-viterbo.html