A ESSÊNCIA DO NATAL
“...Celebrava com
incrível alegria,
mais que todas as
outras solenidades, o Natal do Menino Jesus,
afirmava que era a
festa das festas, em que Deus,
feito um menino
pobrezinho, dependeu de peitos humanos...”
(Tomas de Celano
Vida II)
Mais um
Santo Natal se aproxima. É chegada à hora, o momento, de mais uma vez
renovarmos nossas esperanças e acreditar na vida, o Pequeno Jesus nasceu em uma
manjedoura e apresentou para a humanidade, um Santo Mistério, possibilitando o
nosso nascimento para a Glória e o cumprimento de uma promessa.
“Portanto o mesmo
Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e
chamará o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14).
Natal é o
tempo que as pessoas refletem, se redimem, perdoam, se confraternizam, estão
mais sensíveis as fragilidades humanas. Alguns que resumem esse tempo a troca
de presentes, a beleza das luzes que deixam suas casas, ruas e praças mais
luminosas e esquece-se de refletir e viver o verdadeiro sentindo do Natal, não
entende ainda a grandiosidade deste tempo. A história de um Rei esperado por
muita gente, que dentre as palhas nasceu, pobre em uma estrebaria de Belém. Fez
de sua história de vida e de sua morte um supremo da humanidade com um reinado
eterno e sem fim. São Leão Magno, na sua homília de Natal dizia: “Não pode
haver tristeza quando nasce a vida.”
Jesus Nasceu!!! Viva!!!
A partir
da sua necessidade de ver Deus em tudo, no ser humano, na criação, na Eucaristia,
São Francisco de Assis, visou à magnitude daquele momento, que de forma bem
simples nos lembra o nascimento de Jesus, manifestou sua vontade, seu desejo de
representar o presépio, podendo com isso visualizar a grande humildade e
pobreza do Natal de Belém, tornando-se o autor do primeiro presépio vivo,
festejando o Natal em Greccio, despertando em todas as pessoas o profundo
interesse em retratar até os dias de hoje o Santo Natal.
O nascimento do Filho de Deus na
simplicidade de um estábulo e o seu primeiro adormecer na simplicidade de uma
manjedoura, sempre vigiado pelos olhares dos pais amorosos, nos leva a refletir
como levamos nossa vida.
Os dias agitados e estressantes nos
faz esquecer-se do divino. Por isso, a Igreja nos propõe o tempo do advento,
para que dessa forma possamos preparar a chegada dessa data tão especial e
estarmos abertos para receber o Menino, com a mesma expectativa que José e
Maria receberam-no. Olhar para Ele com a mesma singeleza na alma que os
pastores estavam quando foram visitar o pequeno Jesus depois do anuncio dos
anjos.
Na encenação do primeiro Presépio, era
isso que São Francisco buscava. Queria sentir sua alma simples, sem pensamentos
mesquinhos, sem pressa. Apenas queria sentir, sentir a doçura do Verbo
Encarnado, da realização da promessa do Pai.
E neste
ano de 2012 o nosso querido Frei Wellington Buarque de Souza, OFM, nos fará uma
prece e nos convida a está com ele, unidos em oração que será assim:
“Menino-Deus, quero
acolher-Te em meus braços, participar de Tua fragilidade. Também fazer-Te
participar da minha fragilidade. Ensina-nos a acolher a cada jovem que vem ao
nosso encontro, ensina-nos a gratuidade de demonstrar a cada um o sorriso
sincero, um abraço amigo, um olhar acolhedor.
Ensina também a cada jufrista a acolher a cada irmão,
a amá-lo, e principalmente a cada pobre, reconhecendo-o como um sinal concreto
de Tua presença entre nós. Educa a cada um na Tua humildade, para que sejamos,
em meio a uma cultura da imagem, do individualismo e do consumismo; verdadeiros
sinais de doação, de compaixão, de fraternidade.
Renova no coração de cada um deles a sua identidade de
jufristas, ou resgate tal identidade, se assim for preciso; conscientiza-os que
este nome – Juventude Franciscana – não é uma representação: traduz-se em
responsabilidade e comprometimento; cumula-os de esperança, fortalece a
confiança de cada um em Ti. Renova o desejo de re-abraçarem o ideal franciscano
de vida que um dia assumiram!
Concede-nos, a todos nós, reconhecer-Te presente,
Encarnado, em nossa vida, em nossas lutas, em nossas conquistas, em nosso
caminho...
... e ajuda-nos a caminhar sempre contigo.
Amém.”
Que neste
dia de graça e luz, possamos refletir sobre nossos atos, que o nosso corpo e a
nossa mente possa ser verdadeiramente o templo e morada do Deus vivo, o mesmo
que São Francisco e Santa Clara de Assis nos convidam a seguir.
Wigna
Jales de Lira, OFS/JUFRA
Animadora
Fraterna Nacional para JUFRA
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