Juventude e Trabalho
Ambiente
Solicitar que cada Jufrista traga
para o encontro sua ferramenta de trabalho, mesmo ele sendo estudante poderá
trazer caderno, livro, caneta... E todos podem levar consigo suas carteiras de
trabalho também.
Organizar o ambiente em círculo e
dispor os materiais trazidos no centro.
Música
Música de trabalho – Legião Urbana (Pode ser colocada a música para
ouvir ou apresentar o vídeo a seguir:
Nesta semana temos datas
importantes que não podem passar desapercebidas por nós Jufristas comprometidos
com a vida e missão em fraternidade e inseridos na sociedade, no dia 25
de abril comemora-se o dia internacional do jovem trabalhador e no dia 1º de
maio é o dia internacional do trabalho. Vamos iniciar a reflexão do tema
Juventude e trabalho a cerca das palavras que o constitui. Juventude: Parte da
vida entre a infância e a vida adulta. Trabalho: As atividades intelectuais e/ou manuais realizadas por
alguém para alcançar um determinado fim ou propósito.
Não é novidade que o desemprego é uma problemática crônica da
sociedade, mas essa situação se agrava quando o assunto é juventude. Segundo o
Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos),
em 2004 a população jovem de 16 a 24 anos representava 1/4 do contingente
populacional brasileiro. Sendo estes jovens 46,4% dos desempregados do país. O
conflito enfrentado pela juventude entre procura e oferta de trabalho é
potencializado em função de algumas características, a saber: a idade, sexo,
condição econômica da família, bem como, a região de domicilio.
Quanto mais tenra a idade maior a dificuldade para encontrar emprego,
sobretudo o primeiro emprego, já que uma das principais exigências é a
experiência anterior, um certo conhecimento prévio da função à exercer. A
produção tem pressa! Mas e o jovem? Também não? Outro agravante são os cargos
com salários mais altos que são destinados prioritariamente para jovens do sexo
masculino. Assim como em toda a sociedade, dentro da parcela jovem as formas de
exclusão são mais pesadas para as mulheres.
A origem também tem seus fatores importantes quando o assunto é procura
de trabalho, quem tem família de maior poder aquisitivo tem maiores chances no
mercado, uma vez que, tem maior acesso à instrução profissional; se já está
difícil pra quem tem dinheiro, imagine pra quem não tem. E por fim quem mora na
área rural sofre maiores consequências com o desemprego e baixos salários, a
falta de acesso à atividade laboral urbana devido a precariedade e ausência de
transporte, dentre outros fatores, aumentam as dificuldades provocando o êxodo
ou condicionando o jovem trabalhador às atividades agropecuárias que em sua
maioria tem remunerações menores.
Este ano a Campanha da Fraternidade é sobre a
Juventude, vejamos o que o texto base trás sobre o assunto trabalho que estamos
discutindo: “Diante disso, esta Campanha quer lembrar
dificuldades enfrentadas pelos jovens, como na formação, pois o mercado de
trabalho é cada vez mais exigente... Esse contexto de mudanças tende a atenuar
nas pessoas o apelo ao exercício consciente da cidadania, pois nele não há
lugar para as justas interpelações dos mais necessitados ou de segmentos como o
dos jovens, que são penalizados pela exclusão e pela violência, em uma
sociedade individualista e competitiva.” (Texto Base. CF2013 p.14.)
Contudo, há programas governamentais que estimulam a contratação de
jovens como é o caso do “Primeiro
emprego” em que empresas são estimuladas a contratar inexperientes ganhando
amortização de impostos. Mas será que o problema do jovem se resolve quando ele
está empregado? O jovem não pode ser visto apenas como mão de obra. Há que se
pensar na mocidade em sua totalidade. O jovem estuda, namora, passeia, se
diverte e tem inúmeras responsabilidades além de trabalhar, mas a sociedade faz
questão de se esquecer disso.
“...quanto menos se comer, beber, comprar livros, for ao
teatro ou cantar, pintar, esgrimar, ir a bailes, ou ao botequim, quanto menos
pensar, amar ou doutrinar, maior será o capital. Quanto menos se for, se
exprimir, maior será a economia do nosso ser alienado... O trabalhador deve ter
apenas o que lhe é necessário pra desejar viver, e deve desejar viver para ter
isso...” (FROMM,
Eric, Conceito Marxista de Homem, p130.)
Iluminação Bíblica: Deu-lhe o nome de Noé e disse: "Ele
nos aliviará do nosso trabalho e do sofrimento de nossas mãos, causados pela
terra que o Senhor amaldiçoou". (Gênesis 5:29)
Refletindo:
1)Qual foi o
seu primeiro emprego?
2)Quais o
problemas que enfrentou/enfrenta para conseguir seu primeiro emprego?
3)Quais
outras pessoas além de jovens que também sofrem com o desemprego?
4)Que
medidas você considera importantes para o desemprego diminua? De quem seria a
responsabilidade dessas medidas?
5) O que
podemos fazer enquanto sociedade para reivindicar isso?
Dinâmica
Materiais: Uma
folha de jornal para cada participante, aparelho de som e música Dança do
desempregado – Gabriel O Pensador.
Desenvolvimento:
Cada participante coloca sua folha aberta no chão e pisa com os dois pés nela.
Coloque um aparelho de som com a música, conforme a música toca todos devem
circular entre as folhas de jornal e ao parar a música cada um sobe em uma
folha. A cada rodada retire uma folha de modo que os participantes terão que
dividir suas folhas com os demais. A brincadeira continua até que fique apenas
uma folha de modo que todos vão “brigar” por um espaço no jornal.
Reflexão: Deixar
que cada um do grupo exponha sua opinião sobre relação dinâmica/tema. Se
precisar direcionar explique que quando um governo entra em crise os postos de
trabalho vai diminuindo e por isso a disputa aumenta. E o salário também diminui
devido o aumento da procura por aquele trabalho.
Ação concreta:
No dia 1º de maio em todo o mundo
organizações trabalhista se unem em protestos por condições de trabalho,
salário justo e emprego. Que tal se unir a uma dessas organizações neste dia?
Tire fotos e faça a divulgação em sua rede social.
Música
Alma Missionária
Referências:
Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil./Campanha da Fraternidade 2013: Texto-Base.
Brasília. Edições CNBB. 2012
Gleice
F. P. Silva
Subregional
de Formação do Paraná
Subnacional
para a Área Sul