Juventude e Família
AMBIENTE: Distribuir as cadeiras em
círculos. Colocar uma imagem de São Francisco e Santa Clara (Opcional) e entre
elas uma imagem ou cartaz que represente a sagrada Família. Pedir aos jufristas
que levem fotos de momentos que passaram com seus familiares, amigos, e até
fotos de momentos da própria fraternidade e distribuí-las sobre um manto no
chão em forma de circulo.
INICIO: Antes de fazer a oração
inicial, pedir aos membros presentes que refitam sobre a pergunta que o
dirigente irá fazer: “Qual a importância
da FAMILIA em sua vida”. Pedir para que durante o encontro, mentalizem essa
pergunta que será respondida por cada um no final da reunião.
ORAÇÃO
INICIAL:
Ó Pai celeste,
agradeço pelos inúmeros benefícios que me concedestes por intermédio dos meus
pais. Retribuí-lhes vós todo bem que me fizeram desde o primeiro dia da minha
vida e ajudai-me a ser-lhes grato. Abençoai os seus trabalhos e suas fadigas,
conservai-lhes a saúde e preservai-vos do mal. Abençoai também os meus irmãos
e todos os nossos parentes. Não permitais que um membro de nossa família se
perca eternamente, mas fazei que, um dia, nos encontremos todos reunidos na
casa do Pai celeste. Amém.
(Devocionário Franciscano/Edição Especial: OFS-Jufra, pg.103)
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TEXTO
PARA REFLEXÃO:
A Família sempre teve papel
fundamental na formação do ser humano. Pois é a partir dela que todos nós,
obtemos características peculiares que irão determinar nosso comportamento,
maneiras de pensar e de agir, nossa relação com a sociedade e com o mundo que
nos cerca.
Ela é a base fundamental de
“TUDO”, sendo a instituição em que os jovens mais confiam, o suporte vital para
o seu amadurecimento. Ela é responsável pelo apoio que obtemos durante nossa
caminhada como jovens e pela orientação que todos necessitamos para enfrentar
os problemas que a vida nos apresenta.
Mas, já parou pra pensar como
anda o relacionamento dos jovens de hoje com suas famílias? Será que essa
grande e importantíssima instituição que é considerada como a base de tudo é
realmente vista e vivida com o zelo merecido? Para respondermos essas e outras
perguntas, vamos considerar alguns exemplos reais vividos por muitos jovens em
nossa sociedade:
“Cerca
de 70% dos jovens citam a falta de segurança e a violência como os problemas
que mais os preocupam, onde quase todos relacionam a convivência com os riscos
como uma das piores coisas de ser jovem. Dentre esses, 45% já foram agredidos
dentro de casa, pelo pai ou pela mãe, sendo que tais agressões geraram
sentimentos de revolta e vontade de fugir de casa.”
“Pesquisas
realizadas afirmam que o numero de procuras feitas por pais de jovens menores
de 18 anos aos conselhos tutelares aumentou 65% no segundo semestre de 2012,
sendo que essa porcentagem tem aumentando em cidades com poucos investimentos
em saúde, educação e lazer.”
“Hoje
em dia, há muitos jovens que se encontram em situação de desamparo,
levando-os ao afastamento das referências familiares, vendo-se desorientados e
desprovidos de carinho e afeto.”
“A
gravidez na adolescência é considerada pela sociedade uma mazela social. A
falta de informação, de aconselhamento e, sobretudo de orientação por parte da
família, faz com que muitas meninas e meninos se tornem pais precocemente [...]”.
Esses fragmentos são trechos de
pesquisas e reportagens realizadas, que mostram como anda o retrato da
juventude ao nosso redor. Analisando esses, e tendo também como referência
muitos outros fatos ocorridos podemos ter como base a seguinte reflexão: “A idealização da família pelo jovem é
acompanhada de experiências frustrantes, frutos do universo familiar, onde a
família além de ser fonte de apoio, pode ser identificada como uma fonte de
problemas para o jovem”.
TESTEMUNHO
DE VIDA: As Dores e Alegrias de ser mãe
e ter uma família na juventude. (Depoimento de Patrícia Damasceno da Silva-
Secretária Fraterna Local da Fraternidade Santa Rosa de Viterbo, da Cidade de
Capanema/Pará).
“Meu nome é
Patrícia Damasceno da Silva, tenho 26 anos, sou da Fraternidade Santa Rosa de
Viterbo da Cidade de Capanema Pará onde tenho 9 anos de caminhada. Aos 20
anos descobri que estava grávida. Quando meus pais souberam, ficaram muito
surpresos. No início, não aceitaram minha gravidez e confesso que nunca os
culpei por isso, pois sei o quanto é difícil para um pai e uma mãe
concordarem com um fato como esse. Meu namorado (atualmente meu esposo) ficou
meio “chocado” com a notícia, mas apesar de tudo assumiu esse desafio de ser
pai.
Como não foi uma
gravidez planejada, enfrentei muitas dificuldades ao longo da gestação: tive
que me adaptar com a nova rotina imposta, deixei de sair com os amigos (coisa
que eu adorava fazer) e comecei a ficar mais tempo em casa, tive que deixar
minha vaidade de lado e passar a me preocupar unicamente com o bem estar do
bebê. Quando meu filho nasceu, me isolei praticamente do mundo exterior e
passei a me dedicar apenas a ele. Após o nascimento, minha vida mudou
completamente, pois me deparava sempre com as dificuldades de cuidar de uma
criança. Sofri muito, pois tive que aprender a ter mais responsabilidade não
só comigo, mas com a vida que pus no mundo.
Deixei de
frequentar por um bom tempo as reuniões de minha fraternidade, meus
divertimentos. Meu corpo mudou, minha vida mudou e devido a isso e a tantos
outros fatores, comecei a sentir na própia pele os desafios de ser mãe. Apesar
de tudo isso, tive o apoio da minha fraternidade, em nenhum momento fui discriminada
por ter engravidado imaturamente.
Todas as dificuldades que passei desde o dia
em que descobri que estava carregando uma vida me amadureceram e me deram a
força de que precisava para ser uma verdadeira mãe. Possuo uma família muito
abençoada por Deus e, agora com 26 anos e bem mais “amadurecida”, eu e meu
esposo vivemos nossa juventude com alegria e entusiasmo, tentando a cada dia
ser sempre boas referências para nosso filho.”
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DINÂMICA
: Depois de
feita a reflexão e leitura do Testemunho de vida, pedir aos jufristas que se
dirijam ao círculo formado pelas fotos viradas e escolher aleatoriamente uma
delas para si. O dirigente pedirá para os membros presentes, para que
visualizem a imagem que a foto vos revela e que cada um tente descrever a cena
contida na foto, tentando desvendar que momento da vida do irmão ele quis
guardar.
Caso um dos participantes tenha
pegado a própia foto, pedir para que este partilhe com os demais sobre o
momento registrado na mesma.
É importante fazer com que os
irmãos presentes possam recordar sobre os momentos registrados nas fotos e
percebam a importância da presença de seus familiares naquele determinado
momento contido na foto.
Perguntas feitas para a partilha
em grupo:
·
Quais
os problemas enfrentados pelas famílias hoje em dia?
·
Quais
as dificuldades enfrentadas por mim e minha família durante nossa caminhada?
·
Quais ensinamentos que obtive dela que levarei
por toda a minha vida?
·
Quais
os momentos em que não escutei os conselhos de meus pais ou demais parentes e
devido a isso “quebrei a cara”?
Após a partilha, pedir para que
cada membro leve a foto para as mãos de seu dono respectivo.
Distribuir para cada jufrista um pequeno
pedaço de papel e pedir para cada membro escrever um obstáculo que sua família
enfrentou ou enfrenta no momento. Preparar um pequeno pote de barro ou de metal
e pedir para que cada um deposite seu papel no pote. Após jogar um pouco de
Álcool junto com o fósforo aceso, queimar os papéis depositados no pote.
(Durante o desenvolvimento da
dinâmica colocar a musica “Oração da Família” de Padre Zezinho)
Neste momento, pedir aos irmãos
que olhem o fogo consumir todos os problemas e obstáculos que afetam vossas
famílias, vos comprometendo em não deixar a discórdia, o desamor, o orgulho e
tantos outros fatores interferirem e prejudicarem o conviveu familiar.
Após a dinâmica pedir para que
todos se abracem, enfatizando que a fraternidade também é uma família que
precisa ser cuidada com zelo e dedicação de todos.
Ainda abraçados, pedir para que
cada pessoa, através de uma palavra ou frase, responda a pergunta feita no
inicio do encontro.
Antonio
da S.O.Junior
(Subsecretário
de Formação do Regional Norte II, Pará/Leste e Amapá).
Capanema/Pará