Juventude e Igreja
“A Igreja olha para si mesma nos jovens.
Vocês, jovens, são a esperança da Igreja que, precisamente sob estes aspectos
(paz no mundo e justiça dos homens), em vocês se vê a si mesma e a sua missão
no mundo. O caminho da paz é o caminho dos jovens”. (João Paulo II)
AMBIENTE: Jovens em círculo com a presença da cruz de São
Damião.
ORAÇÃO INICIAL: Oração de São Francisco de Assis ou Oração
do Jufrista.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: Lucas 10,
1-11
TEXTO:
Vivemos em um mundo pós-moderno em
que ser jovem é estar na ‘moda’ (redes “sociais”, consumismos, individualismos,
perca de valores), e isso, na visão de muitos, talvez não inclua a vida na
Igreja, por exemplo. O que se percebe, cotidianamente, é que poucos são os
jovens que encaram com naturalidade o compromisso com a fé, que mostram o rosto
e afirmam “eu faço parte da igreja católica”.
Mas, o que significa esse ‘fazer
parte da Igreja’ ou ‘ser Igreja’?
Segundo o Documento 85 da CNBB “Jesus envia a Igreja ao mundo para dar
continuidade à sua obra”, pode-se afirmar com isso, quea Igreja é uma
organização de pessoas que professam da mesma fé e assumem o projeto de Jesus
Cristo para suas vidas. Ou seja, todos nós constituímos a Igreja, todo batizado
é Igreja.
Este breve
conceito é importante para refletirmos qual o papel do jovem nela. São
Francisco de Assis há muitos anos, diante do Crucificado, ouviu do Senhor:“Francisco, vai e restaura a minha casa. Vês
que ela está em ruínas!” (LM 2,1); sem pensar duas vezes, Francisco iniciou
uma reforma nas estruturas físicas da igrejinha de São Damião. Com o tempo, percebeu
que o desejo do Pai era de uma mudança estrutural, mudança de valores na Igreja
da época.
Sabe-se que a
igreja nos três primeiros séculos depois de Cristo possuía características de
simplicidade, partilha, vida de oração, missão, entre outras, que Francisco
buscou reavivar na Igreja de sua época, a qual era sinônimo de poder e
controle. É possível, neste contexto,visualizar a grande missão que possuímos –
como cristãos franciscanos – dentro da Igreja: a de sermos evangelizadores e
divulgadores do verdadeiro sentido que ela representa nomundo em que vivemos.
O documento traduz ainda, que “a
evangelização exige testemunho de vida, anúncio de Jesus Cristo e adesão a Ele,
adesão à comunidade, participação na missão da Igreja e transformação da sociedade.
Evangelizar implica, em primeiro lugar, proporcionar o anúncio querigmático da
pessoa de Jesus Cristo. Em seguida, esta experiência deverá ser aprofundada em
grupos de convivência que devem conduzir catequeticamente a uma maturidade na
fé e prontidão para serdiscípulo e protagonista na construção do Reino de Deus
por toda a vida, buscando a transformação da sociedade”.
De fato, a juventude necessita estar mais presente na Igreja, se
sentir parte dela para então ser agente transformador. Porém, é importante
salientar que, assim como São Francisco, para entender o papel evangelizador é
preciso o encontro pessoal com Cristo, é preciso ser evangelizado.
Com isso, além de se sentir igreja, o jovem necessita assumir
individualmente o seu papel evangelizador e transformador do meio em que está
inserido, sem deixar de lado as características da juventude, do mundo dito
pós-moderno. É possível, mesmo diante das muitas dificuldades e opções que o
mundo nos apresenta, viver o Evangelho de um jeito jovem, buscando ser exemplo
vivo dos valores cristãos e franciscanos.
Neste ano da fé, com a campanha da fraternidade voltada aos
jovens, é muito importante refletir a realidade da juventude e da igreja, se
ambas estão sendo cúmplices, se estamos sendo evangelizados e evangelizadores.
Desse modo, igreja e juventude necessitam caminhar em unidade, fazendo com que,
através do comprometimento com nosso papel, a Igreja consiga cada vez mais ter
um rosto jovem, o qual traduza o desejo de Seu Criador, promovendo a paz e o
bem.
REFLEXÕES:
- Entendo meu
papel e responsabilidade junto à Igreja?
- Estamos
sendo jovens evangelizadores – exemplo – no meio em que vivemos?
- A
fraternidade está participando efetivamente da vida da Igreja – comunidade em
que está inserida?
- O que posso
fazer para melhorar a relação jovem – igreja?
DINÂMICA DE TRABALHO: Dividir os
participantes em grupos para discutir os questionamentos. Após, fazer uma
partilha sobre as discussões e conclusões.
SUGESTÕES DE MÚSICA: Senhor que queres que eu faça; Cristo,
quero ser instrumento.
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações” Mt 28,19
Paz e bem!
Ariana Baccin dos Santos
Subsecretária
Regional de Formação – Sul 3 - RS