CONSUMISMO INFANTIL: COMO LIDAR COM ESSE INVASOR?
Vivenciamos hoje crianças que conhecem mais do que qualquer adulto as melhores marcas, que brigam, choram e fazem chantagem emocional com seus pais para conseguir aquele brinquedo que ainda nem foi lançado, mas que já está sendo vendido na internet. A mídia entra em nossa casa sem pedir licença e contamina a garotada.
De acordo com estudos, bastam trinta segundos para uma marca influenciar uma criança. É exatamente por conta dessa facilidade, que a publicidade vem caprichando para acertar os seus pequeninos alvos. Saber a marca do celular que ele quer, ou o nome da boneca que acabou de ser lançada, é mais fácil do que distinguir o tipo de legumes, frutas ou animais que moram no campo.
Alguns pais colaboram, adquirindo os produtos sem necessidade real, fazendo com que seus filhos cresçam percebendo que o certo é ter uma roupa de marca e estar sempre fazendo parte da moda. A família que não sabe dizer não mediante a influência da propaganda, está diante de um grande problema. O consumo está se tornando uma doença a ponto de presenciarmos famílias que não tem o que comer, mas tem telefone celular, computador, carro, enfim... É uma situação muito complicada.
A criança não nasce consumidora, ela simplesmente vai adquirindo hábitos através das informações obtidas pela mídia e acatadas pela família.
A mídia é um fator importantíssimo na construção da subjetividade, da própria identidade e dos valores pessoais. O problema é lutar contra quem está presente diariamente na vida das crianças. A maior parte dos pais não consegue conversar com os filhos tanto quanto essa gama de informações que ele recebe através da televisão e de outros canais de comunicação. A criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo, de acordo com o IBGE.
Crianças que criam o hábito de consumir desenfreadamente e inconsequentemente criam valores distorcidos num mundo onde o lema é adquirir e descartar. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna.
Sendo assim, cabe aos pais ficarem firmes e ter a conscientização de que presentear não significa amar. Muitas vezes, alguns minutos de carinho e conversa com seu filho, vale mais do que qualquer presente do mundo.
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