Fruto e expressão da sensibilização social lograda pelas Semanas Sociais promovidas pela CNBB, desde a primeira metade dos anos 90, o Grito dos/as Excluídos/as, contando (em grau variado, conforme o compromisso das dioceses) com a participação das Pastorais Sociais, tem sido encampado notavelmente por um leque expresivo de Movimentos Sociais Populares e outras organizações de base de nossa sociedade, de modo a incluir entre seus protagonistas representantes de movimentos nas áreas de Meio Ambiente, de Espacialidade, de Classe, de Gênero e Diversidade Humana, de Etnia, de Geração e de Segmentos formados por Pessoas com necessidades especiais, entre outras.

Para abrigar essa rica diversidade, foram organizados no Grito dos/as Excluídos/as de João Pessoa-PB, durante meses de trabalhos, cinco Eixos de lutas principais:

-Meio Ambiente (contemplando os movimentos e organizações de base mais diretamente ligados às lutas em defesa do Meio Ambiente e dos Povos tradicionais, contra as grandes hidrelétricas, contra a Tansposição, contra o agronegócio, contra a aprovação do Código Florestal, contra o envenenamento de fontes, de rios, do solo, dos alimentos, etc.);

-Trabalho (abrigando militantes do mundo sindical, do MTD, dos movimentos eclesiais mais ligados ao mundo do trabalho);

-Gênero. LGBT e Etnia (protagonizado por diferentes segmentos de Mulheres, diferentes segmentos do Movimento LGBT e de Movimentos dos Afrobrasileiros);

-Combate à criminalização da Juventude e dos Movimentos Sociais (eixo formado por vários sementos de jovens e de movimentos sociais-alvo de processos de criminalização seletiva);

-Políticas Públicas (eixo representando vários segmentos da população, vítimas da inexistência ou do mau atendimento às suas necessidades básicas, em especial de Saúde, de Educação, de Moradia, de Transporte Coletivo e de Energia);

-Memória, Mística e Utopia (eixo destinado a exercitar a Mística, buscando sempre manter aceso o rumo de libertação, bebendo nas fontes de nossas lutas históricas, de movimentos do passado com suas figuras emblemáticas (foram mencionados nomes como o do Pe. José Comblin, Héliton de Santana, João Pedro Teixeira, Margarida Maria Alves, Irmã Dorothy, Gregório Bezerra...)

Ao longo da marcha, foram feitas algumas paradas, em que cada Eixo foi chamado a dizer sua palavra, em nome dos vários segmentos que compunham cada um. E assim foi feito!

Na grande marcha do Grito dos Excluídos e Excluídas, realizada no dia 06/09, por ruas e praças de João Pessoa, toda essa diversidade se fazia participante, com suas faixas, seus cartazes, suas palavras de ordem, sua indumentária, seus cantos, suas coreografias, seu gingado, suas falas, seu manifesto, suas reivindicações... e com sua disposição de luta para o Pós-Grito!

Para tal desempenho, foi necessário um longo e prévio trabalho de preparação, assumido por diferentes Comissões (a de articulação e comunicação; a de infraestrurura e finanças, a de animação, entre outras. Para ilustrar a relevância dessas comissões, basta que citemos o exemplo de apenas uma delas, a de Animação: que papel fundamental cumpriu, ao longo de toda a marcha! Em verdade, trata-se sempre de trabalhar por meio do Mutirão. O Mutirão faz a difernça!

Na Praça dos Três Poderes, foi encerrada a marcha do Grito/2011, com a entrega ao Governo do Estado da lista de reivindicações dos distintos segmentos dos Movimentos Sociais Populares e das demais organizações de base de nossa sociedade, não sem o alerta a todos os participantes, de que, encerrada aqule momento de luta, todos se sentissem convocados para o Pós-Grito, assumindo nosso calendário de lutas...

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR!
PELA VIDA GRITA A TERRA... POR DIREITOS, TODOS NÓS!

Com informações do Diácono Alder Júlio


Emanuelson Matias de Lima (Elson)
Subsecretário Fraterno Regional para o 1º Distrito
Fraternidade Irmão Sol com Irmã Lua – Santa Rita-PB