Eu vim para servir (Mc 10,45)
"Eu quero agito nas dioceses,
que vocês saiam às ruas. Eu quero que a Igreja vá para as ruas, eu quero que
nós nos defendamos de toda acomodação, imobilidade, clericalismo."
(Papa Francisco - homilia proferida durante Missa aos argentinos na
JMJ/2013)
A Igreja se
aproxima de um tempo litúrgico caracterizado pelos constantes exercícios
espirituais, com ênfase no jejum, na oração e na caridade. No mesmo compasso, a
Igreja do Brasil, motivada pelo jubileu de ouro do encerramento do Concílio
Vaticano II (08/12/1965), propõe para esse momento a reflexão acerca da
Fraternidade, Igreja e a Sociedade.
A Campanha
da Fraternidade, lançada em âmbito nacional nesta Quarta-Feira de Cinzas, e que
vem sendo realizada nesta perspectiva desde 1963, tem o intuito de "educar para uma vida em fraternidade, a partir da justiça e do
amor, despertando o espírito
comunitário e cristão no povo de Deus" (Objetivos permanentes da CF). A
partir da definição do tema, muitos documentos são elaborados pela CNBB com a
finalidade de efetivar o seu alcance em todas as comunidades eclesiais
espalhados pelo país, merecendo especial atenção o Texto-Base, documento
desenvolvido por excelência, no qual se constata a realidade, aponta exemplos
bíblico-cristãos e sugere indicações para ações transformadoras, traçando como
objetivo geral o "aprofundamento, à
luz do Evangelho, do diálogo e da colaboração entre a Igreja e a sociedade,
propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro,
para a edificação do Reino de Deus".
Assim, em
vista de um forte impacto de mudança de época, caracterizado por um rompimento
com estruturas consolidadas, a Igreja, por meio dos exemplos bíblicos, assim
como de sua própria história, vem propor a formação de uma "cultura do
serviço", marcada pela doação e pelo amor ao próximo.
Vale
lembrar que fraternidade, serviço, doação e amor ao próximo são pontos
marcantes das vidas de Francisco e Clara de Assis, que se apresentam como
modelo de uma vida pautada pela entrega a um projeto cristão-comunitário que
trouxe - e traz ainda hoje - reflexos positivos para a Igreja e toda sociedade.
Deste modo, a partir das diretrizes
e reflexões produzidas pela Igreja do Brasil, somado ao testemunho de Maria, a
serva do Senhor por excelência, somos convocados, como franciscanos, a "estar presentes pelo testemunho da
própria vida humana, bem como por iniciativas corajosas, quer individuais quer
comunitárias, na promoção da justiça, particularmente, no âmbito da vida
pública, comprometendo-se com opções concretas e coerentes com a nossa fé"
(Regra da OFS, art. 15).
Paz e Bem!
Ariana Baccin dos Santos
Secretária Regional de Formação - Sul 3
Ariana Baccin dos Santos
Secretária Regional de Formação - Sul 3
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