Maria - Mãe a serviço da Igreja
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Imagem de Nossa Senhora
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Pano branco e azul ao seu redor no chão
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Nomes das mães de cada membro da
fraternidade em cima dos panos (vivas e falecidas)
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Flores
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Bíblia
Acolhida:
Oração
Inicial: Rezar Pai Nosso, em seguida Ave Maria e depois escutar “Regaço
Acolhedor - Irmã Kelly Patrícia”.
Desde o início do
cristianismo honramos a Santíssima Virgem Maria, pois o cristianismo se iniciou
no seu ventre. Como bem disse o Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater:
Existe uma correspondência singular entre
o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a
pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo
de Jerusalém (n. 24). (...) A Virgem
Maria está constantemente presente na caminhada de fé do Povo de Deus (n.
35). Esse amor por Maria continuou firme e a partir do século XIII o mês
inteiro de maio passou a ser dedicado a Maria.
A nossa piedade para
com essa Virgem faz parte da nossa própria essência cristã, pois sua
maternidade não terminou no calvário, pois é eterna. No entanto, esse amor não
tem sentido de adoração, pois esta prestamos estritamente a Cristo, ao Pai e ao
Espírito Santo. Mas sim um amor especial, carinhoso, belo; por sua nobre importância
na história da salvação. Todos os nossos sentimos por ela são iluminados por
nossa fé em Cristo.
Maria é “presença
sacramental dos traços maternais de Deus. É uma realidade tão profundamente
humana e santa que desperta nos crentes as preces da ternura, da dor e da
esperança.” (III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, 291)
Formação:
1º Leitura – Hb 9, 1-15
Esse tabernáculo foi
milimetricamente preparado por Deus para ser a mãe do Salvador. E ela sendo mãe
de Cristo, é consequentemente também mãe da Igreja. Ela recebeu a missão de
gerar aquele que é a imagem visível do Deus invisível. Foi através dela que o
Verbo foi encarnado.
Maria é sempre descrita
na Bíblia por sua preocupação com a realização da vontade do Pai, a partir de
Jesus. Dois mil anos depois vemos o nosso Papa Francisco dizer que precisamos
nos colocar a serviço de Deus. “Cada cristão e cada comunidade são chamados a
ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para
que possam integrar-se plenamente na sociedade. A Igreja, guiada pelo Evangelho
da Misericórdia e pelo amor ao homem, escuta o clamor pela justiça e deseja
responder com todas as suas forças” (Evangelii Gaudium, 187-188).
Se cada um de nós cristãos
nos entregássemos totalmente a serviço de Deus como Maria, essas palavras não
se fariam necessárias. Pois ela nos traz um ótimo exemplo de vida cristã, de
serviço, de vocação, de fidelidade, de fé a Jesus, a Deus e a toda a Igreja
2º Leitura - Lc 1, 26-49
Maria se tornou a mais
nobre criatura humana, uma plenitude de graça e santidade gerada pelo Espírito
Santo, por conta de seu "sim". Foi através desse “sim” que recebemos o
Messias esperado, que recebemos a Salvação do mundo. Ela foi quem primeiro se
colocou a serviço de Deus para o início do cristianismo, ela foi, portanto, a
primeira serva da Igreja.
Ela recebeu a
importantíssima missão de gerar o Cristo e não pediu nada em troca, não fez
nenhuma exigência, não colocou nenhuma dificuldade. Maria serviu gratuitamente
ao Senhor.
Este trecho bíblico nos
mostra que Deus não nos obriga a estar com Ele, não nos impõe que façamos o
certo. Mas respeita nosso livre-arbítrio, assim como respeitou o de Maria.
Apesar de a ter predestinado lhe pediu o consentimento, a maternidade divina
não lhe foi imposta.
A maneira da saudação
angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda como:
"Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela
qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la.
Vemos também que o anjo reverencia
Maria de forma especial através da expressão “Ave, cheia de graça. O Senhor é
convosco”. Nunca se tinha visto um anjo saudar alguém dessa forma, pois os
anjos estão em maior comunhão com Deus. E só quando aparece alguém com um
estado de graça tão grande quanto o de um anjo é que isso acontece.
3º Leitura - Lc 2, 1-35
Maria sabia que a cruz
seria essa espada que atravessaria seu coração por conta do peso dos nossos
pecados, mas sabia também que essa mesma cruz era o único caminho para a
reconciliação da humanidade. Maria e José foram de Nazaré, na Galileia, até
Belém, na Judeia, para trazer Cristo ao mundo. E até hoje eles querem nos
trazer Cristo. Pois essa é a missão de todo cristão batizado. De não guardar
Cristo para si, mas levá-lo a toda e qualquer criatura. Essa é a nossa missão
central, levar o amor, a paz, a alegria de Jesus ao mundo. Qual o amor que nós
temos levado ao mundo? Aliás, estamos levando amor ao mundo?
4º Leitura - Lc 2, 40-49
Deve ter sido uma angústia inimaginável
de Maria e José a procura de Jesus ao longo desses 5 dias. De ter seu único
filho perdido em uma cidade grande como Jerusalém por todo esse tempo. Mas ele
não estava perdido, ao contrário estava em casa. A partir dessa história vemos
que não adianta procurar Jesus em outro lugar se não nas obras do Pai. É em vão
procurar Jesus no que não é de Deus, é só com o Pai que o Filho está.
5º Leitura - Jo 2, 1-12
Vários teólogos concordam que esses noivos de Caná
eram pobres e que esse era um pequeno povoado. E é aí que Maria se mostra
misericordiosa e influente ao tentar impedir que se falte vinho nesse humilde
casamento. Em silencio ela prepara tudo e pede a seu filho que ajude esses
noivos, e assim Jesus faz. Vale ressaltar que ambos fizeram tudo em silencio,
pois não queriam aplausos nem prestígio por seu feito. Assim ela segue até hoje
intercedendo por nós a Deus, tentando fazer com que nos falte “vinho”,
principalmente pros mais necessitados que pedem sua intercessão.
6º Leitura - Jo 19, 25-27
6º Leitura - Jo 19, 25-27
Mesmo diante daquele
sofrimento, Maria se manteve firme. Que ela nos ajude a também encontrar força
no Senhor para que fiquemos de pé diante das aflições da vida. Ela, enquanto
nossa mãe, sabe de todos nossos sofrimentos, de todas nossas preocupações e se
compadece e intercede por cada um de nós. Especialmente por aqueles filhos mais
desamparados. Ela não nos deixa em nenhum momento desamparados
Pela lei judaica, após
o marido de uma mulher morrer, ela fica sob os cuidados do filho mais velho, se
este também morre fica aos cuidados do próximo filho mais velho. No entanto,
por conta da virgindade perpétua de Maria, ela não tinha outros filhos a não ser
Cristo. Então Jesus escolhe todos os cristãos como filhos de Maria e ela como
mãe de todos eles, representados pelo amado apóstolo João. Maria é a mãe de
Jesus, que é o fundador da Igreja. Logo, Maria também é mãe da Igreja. E nós
cristãos formamos a igreja, sendo portanto Maria nossa mãe. Em 1964, em pleno
Concílio Ecumênico Vaticano II, no dia 21 de novembro, o Papa Paulo VI deu
solenemente a Maria o título de "Mãe da Igreja”.
7º Leitura - At 1, 12-14
Maria se faz presente
na Igreja de seu filho desde o início e não poderia ser diferente, pois todo o
cristianismo se iniciou por conta de seu sim. Nossa Senhora é a mãe de Jesus,
da Igreja e de todos nós. Em uma época onde as mulheres não recebiam muito
destaque na sociedade, o livro de Atos dos Apóstolos não retrataria a presença
de uma mulher se não fosse muito importante. Então vemos desde o início a
importância de Nossa Senhora na Igreja, onde hoje é vista como exemplo de
consagração a Deus.
São Francisco,
envolvido pela graça da maternidade divina faz essa belíssima oração,
expressando essas mesmas verdades, com palavras embebidas de ternura:
"Salve,
Senhora santa, Rainha santíssima, Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita Igreja,
eleita pelo santíssimo Pai celestial, que vos consagrou por seu santíssimo e
dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito! Em vós residiu e reside toda a
plenitude da graça e todo o bem! Salve, ó palácio do Senhor! Salve, ó
tabernáculo do Senhor! Salve, ó morada do Senhor! Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor! Salve ó Mãe do Senhor! Salve vós todas, ó santas
virtudes derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações
dos fiéis, transformando-os em fiéis servos de Deus."
Mística:
No final do encontro,
após o momento da Formação, sortear o nome das mães que estão ao redor da
imagem de Nossa Senhora entre os membros, para que cada um fique responsável
por orar por aquela mãe ao longo do mês de maio.
OBS.: Ao decorrer da
mística pode ser escutado: Franz Schubert - Ave Maria
Momento Final:
Ela é modelo para nós
de fé, de amor, de doação a Deus. Se dispôs a ajudar sua prima Isabel, preocupou-se
com os noivos nas Bodas de Caná, crucificou-se junto com Cristo (como dizia São
Boa Ventura), teve papel fundamental no cristianismo. Além de muitos outros
motivos que nos fazem amar tanto a Santíssima Maria.
Portanto, não a
consideramos uma deusa pois ela não é um fim em si mesma. Mas vemos que temos
vários motivos para amá-la, assim como ela nos ama. Observamos que não temos
por ela uma devoção sem sentido; o fato dela ter dito “SIM” para Deus, ter encarnado
Deus na pessoa de Jesus Cristo, de ter sofrido o martírio junto com o seu Filho,
de ser mãe de Cristo e dado povo de Deus, nos faz amá-la cada vez mais. Sem
esquecer que sua missão é de sempre apontar seu filho Jesus. Ela é aurora que
antecede a luz radiante do magnífico Sol que é Cristo.
Deus quer mais o nosso
bem do que nós mesmos. Se todos ouvissem a Deus, como Maria, teríamos um mundo
bem melhor. Que possamos nos colocar a serviço de Deus assim como fez Maria.
Que tenhamos coragem de dizer “sim” para também levarmos Jesus ao mundo. Todos
são chamados pelo Senhor a estar ao seu lado a fazer o bem através de suas
obras, mas poucos aceitam. Que sigamos o exemplo da Santíssima Maria, de nosso Pai Seráfico Francisco, da bem-aventurada Santa Clara, da audaciosa Santa
Rosa de Viterbo e tantos outros heróis que disseram sim. Que possamos responder
o chamado que não é do Papa Francisco, mas de Deus. O mundo precisa do nosso
sim, para nosso próprio bem. “Felizes são aqueles que ouvem a palavra de
Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28).
Oração Final:
A importância de Maria
é inegável; ela é Filha do Pai, Esposa do Espírito Santo e mãe do Filho. Por
isso São Francisco, na antífona que compôs para o Ofício da Paixão do Senhor,
reza: "Santa Virgem Maria, não há
mulher nascida no mundo semelhante a vós, serva do Altíssimo Rei e Pai
celestial, Mãe do nosso Santíssimo Senhor Jesus Cristo, Esposa do Espírito
Santo".
Em seguida rezar Pai Nosso e Salve Rainha.
Fontes:
Eryck Magalhães
Fraternidade Mensageiros de Cristo(Caruaru/PE) –
Formador Local
Stephanye Barros
Fraternidade Beleza Simples(Pesqueira-PE) – Formadora Local
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