Santo Antônio e o Pão da Caridade

Junho chegou! Para além dos festejos juninos, quadrilhas, comidas típicas, chegou também a época de festejarmos três santos muito populares: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Nesse encontro, propomos aprofundar sobre Santo Antônio, sem dúvidas um dos santos mais queridos e populares no Brasil e no mundo. É quase impossível não ter Igreja ou casa, em qualquer região do nosso imenso país que não tenha uma imagem do Santo ou ter um católico que não conheça ou tenha uma história com Antônio de Lisboa, terra que nasceu, Pádua, terra que morreu ou no Brasil, onde é amado por muitos e muitas.
Assim, convidamos todos os irmãos e as irmãs da Jufra do Brasil a refletir sobre a vida e a obra desse Santo Franciscano, que muito contribuiu e contribui para a Igreja e para a propagação do Evangelho.
Um bom encontro a todos e todas,
Um abraço fraterno,
Hannah Jook Otaviano
Secretária de Formação Regional NE A2 CE/PI


Ambientação: Imagem de Santo Antônio, Bíblia, flores, pães e o que mais a Fraternidade dispor.

Acolhida: à critério da fraternidade

Oração Inicial: “Glorioso Santo Antônio, Santo do mundo inteiro, Nós te pedimos para que a cada dia, nos tornemos Arautos da Boa Nova, e com tua ajuda e intercessão junto a Deus, possamos ser construtores de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno. Por Cristo, Nosso Senhor.” Amém.[1]

Ver: Santo Antônio foi um grande pregador, talvez seja essa a grande virtude que lembramos ao falar sobre ele. Quem não conhece o famoso milagre do “Sermão aos peixes”? Porém, outra qualidade intrínseca ao Santo foi sua humildade. Mesmo com grande sabedoria e inteligência, Antônio sempre se dispunha a servir em todos os segmentos da vida fraterna. Dessa forma, propomos à Fraternidade ler um trecho de um dos sermões do Santo e refletir sobre essas palavras para nossa juventude hoje.

Sobre o Evangelho de Lucas 11, 11
“ O amor do Pai pelo Filho, como aí se escreve: Se algum de vós pedir pão a seu pai, etc... Vejamos o que significam estas seis coisas opostas entre si: o pão, a pedra, o peixe, a serpente, o ovo, o escorpião. Chama-se pão por se pôr com todo alimento. Figura a caridade, que deve pôr-se com todo o alimento da boa ação. Todas as coisas se realizam em caridade. Assim como a mesa sem pão parece denotar miséria, também sem caridade as restantes virtudes nada são. Apenas são perfeitas na caridade. Lê-se no Levítico: Comereis o vosso pão à saciedade e habitareis na vossa terra sem temor. O Senhor promete aqui duas coisas, que, de modo perfeito, possuiremos no futuro: a saciedade da caridade, com que sacia a alma e terá a paz da terra, isto é, da nossa carne. Qualquer cristão filho da graça deve pedir esse pão a Deus Pai: que o ame acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Por isso, diz:  O pão nosso de cada dia nos dá hoje.”

Julgar: Os santos devem servir como inspiração para uma vida cristã, sempre nos motivando a sermos pessoas melhores, em vários âmbitos de nossa vida. Santo Antônio em suas pregações ou mesmo nas tarefas mais simples, procurava ser um exemplo para as pessoas, mais que falar, ele procurava viver verdadeiramente e radicalmente o Evangelho. Tanto que foi isso que o fez tomar o hábito franciscano. Após refletirmos suas palavras, nos questionamos: estamos nós sendo esse sinal de esperança e amor fraterno? O que essas palavras do Santo português nos falam hoje, como ela nos estimula a sermos verdadeiros cristãos e cristãs no mundo atual? Estamos nós buscando esse “pão” que o Santo nos coloca? Como podemos ser caridosos hoje?

Agir: A partir das inquietações e inspirações que essas reflexões causaram, chegou a hora de praticar. Propomos que a Fraternidade escolha uma causa (pelos pobres, oprimidos, minorias) e possam fazer uma ação durante esse mês de junho, para lembrar que Antônio também foi e é o Santo dos Pobres, Oprimidos e Doentes. Que a fraternidade possa em conjunto, praticar boas obras (visitas aos doentes, asilos, doação de sangue, roupas ou outras práticas que possam servir a Deus e aos irmãos.)

Celebrar: Santo Antônio também é um dos santos dos festejos juninos. O encontro pode encerrar com brincadeiras ou músicas juninas para lembrar que a vida deve ser celebrada em sua plenitude. Dividir os pães entre os irmãos, como sinal desse pão espiritual que devemos pedir diariamente a Deus e para que nunca falte, na mesa de todos, também o pão material.

Oração final: Oração do Pai Nosso e abraços fraternos.



[1] Oração gentilmente composta por Frei Alleanderson Brito, OFM