O blog da formação este mês tem como tema: “Fraternidade Inclusiva”, assim entrevistamos o irmão mais conhecido como Nagai, irmão da OFS – Fraternidade Coração Eucarístico de Caruaru/PE, animador fraterno da JUFRA da mesma cidade e um eterno jufrista. Ele é cadeirante e vamos conhecer um pouco da vida desse nosso irmão!
 
 


1. Gostaríamos que você se apresentasse aos irmãos e irmãs da Juventude Franciscana do Brasil, falando um pouco sobre você, suas dificuldades como cadeirante e como tenta conseguir vencer os obstáculos que aparecem.
R: Paz e bem!  Meu nome é Inaldo da Silva Nagai, tenho 43 anos, sou natural de caruaru,  minha mãe é brasileira, meu pai é japonês, entrei na JUFRA com 23 anos, sou casado a 14 anos,tenho dois filhos, duas netas, sou atleta, atualmente estou na OFS.   

2. Qual maior dificuldade que você encontrou até no presente momento?
R: A maior dificuldade é a locomoção, as fraternidades por não ter irmãos com deficiência não tem estrutura para um cadeirante (como rampas).

3. Dificilmente encontramos irmãos com alguma deficiência tanto na JUFRA, quanto na OFS. O que você acha que impede isso? Como podemos reverter esse quadro?

R: O que os impede é a mesma coisa que impede um irmão sem deficiência, ou seja, a falta de informação, falta de convite.

4. Observamos hoje que diversos lugares estão se adaptando para que assim, se tornem acessíveis a todos, como você enxerga isso? O que ainda precisar ser mudado?

R: Enxergo como algo muito positivo. O que precisa ser mudado é que cada paróquia tome consciência que tem na sua paróquia, pessoas cadeirantes, que precisam ser feitas rampas, pessoas com deficiência visual, que precisam ser acolhidas na paróquia, pessoas com deficiência auditiva, em fim fiéis que precisam de um pouco mais de atenção.

5. Outro grande fator de "recolhimento" dos cadeirantes é a questão do transporte adaptado. Como você ver isso?

R: Vejo que poderia ser melhor, pois aqui em caruaru, o transporte adaptado esta chegando agora, há muito que melhorar.

6. Sabemos que você é um dos grandes incentivadores da “volta” da JUFRA em Caruaru, como está sendo esse retorno? Como é sua relação com eles?

R: Muito bom, pois eu sentia muita falta de ver a juventude engajada na minha paróquia estou muito feliz,minha relação com eles é muito boa, somos uma família mesmo, sou até tachado de pai.

7. Que mensagem você deixaria para os jovens juristas com relação a fazerem das suas fraternidades locais, UMA FRATERNIDADE INCLUSIVA?

R: Irmãos somos juristas seguidores de nosso pai são Francisco, que na sua simplicidade não fazia distinção de cor, raça ou aparência, nos mostrou isso no seu encontro com o leproso, sigamos seu exemplo, vamos abrir os nossos braços para nossos irmãos com deficiência, pois só com o coração aberto é que podemos ser realmente franciscano de corpo, alma, e coração. Paz e bem