Francisco de Assis, homem reconciliado e arauto da paz
Frei Almir
Guimarães
O tema do retiro mensal deste início
de mês é o da reconciliação e da paz segundo o espírito de Francisco de
Assis. O assunto é vastíssimo e complexo. No contexto de um retiro
espiritual não cabe fazer um tratado em torno da guerra e paz, nem elencar todas
as manifestações de violência que vivemos em nossos dias. Queremos apenas
mostrar Francisco como um ser reconciliado. O Altíssimo lhe dá irmãos para que
sejam apóstolos da paz e do bem. De alguma forma estas reflexões nos ajudam a
ingressar nas plagas do advento, elas que nos levam até o presépio do Menino
das Palhas que é o Príncipe da Paz. Trata-se de um texto destinado ao retiro e
não de um tratado de doutrina franciscana da paz.
Textos bíblicos para meditação
a) Isaías
9, 1.5-6
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Sobre os que
habitavam a terra da sombra brilhou uma luz (...). Porque nasceu para nós
um menino, um filho nos foi dado. Ele tem a soberania sobre seus ombros e será
chamado: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai para sempre, Príncipe da
paz. Ele terá uma soberania ampla e uma paz sem limites sobre o trono de Davi e
sobre seu reino, para estabelecê-lo e firmá-lo no direito e na justiça, desde
agora e para sempre. O zelo do Senhor Todo-poderoso fará isto.
b) Isaías
11, 6-9
Então o lobo será hóspede do cordeiro e o leopardo se deitará
com o cabrito. O bezerro, o leãozinho e o animal cevado estarão juntos e um
menino os conduzirá. A vaca e o urso pastarão lado a lado; juntas se deitarão
as suas crias; e o leão comerá capim com o boi. A criança de peito brincará
junto à toca da víbora, a criança desmamada porá a mão na cova da serpente. Não
se fará mal nem destruição em todo o meu santo monte, porque a terra estará
cheia do conhecimento do Senhor como as águas que enchem o mar.
c) João
14, 27-31
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Deixo-vos a paz,
eu vos dou a minha paz. Eu vo-la dou não como o mundo a dá. Não fiqueis
perturbado nem tenhais medo! Ouvistes o que eu vos disse; eu vou mas
volto para vós. Se me amásseis, certamente, haveríeis de alegrar-vos. Porque eu
vou para junto do Pai, e o Pai é maior do que eu. Disse-vos estas coisas, antes
que aconteçam, para que creiais quando acontecerem. Já não falarei muito
convosco, porque vem o príncipe deste mundo. Ele não tem nenhum poder
sobre mim. Mas o mundo deve saber que eu amo o Pai e faço o que o Pai me ordenou”.
d) João
20, 19-23
Na tarde do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas
do lugar onde estavam os discípulos, por medo dos judeus, Jesus chegou e
colocou-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Dito isso,
mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos se alegraram em ver o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim
também eu vos envio”. Após essas palavras soprou sobre eles e disse: “Recebei o
Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não
perdoardes os pecados não serão perdoados”.
Texto de São Francisco
Bem-aventurados os pacíficos, porque
serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9).
São verdadeiramente pacíficos aqueles
que, por tudo o que sofrem neste mundo, conservam a paz na alma e no
corpo por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo ( Adm XV)
Refletindo:
·
O que
mais chama sua atenção nos textos acima?
·
Refletir
sobre o significado do texto de Isaías em que, entre outras afirmações, fala de
uma criança com a mão da toca da víbora. O que todo o texto pode bem
querer dizer?
·
Segundo
os textos transcritos o que seria a paz? Há pistas de como concretizá-la?
·
Neste
mundo de violência, de guerras, de chacinas, de sequestros, de torturas o que
nos dizem estes textos?
Desenvolvimento do tema
a) Precisões
dos termos
(cf.K. Esser, Exortações de Francisco de Assis, Braga, p.
199-209)
• O que é a paz?
Os doutores da Igreja sempre afirmaram que a paz é a
tranquilidade da ordem. Em última análise, a paz é aquela quietude que se
mantém com a conservação e tutela da ordem que Deus nos deu. Mas onde quer que
esta ordem entre Deus e o homem for destruída, aí existe a discórdia, a falta
de quietude, a angústia e o tormento. Por isso, o pecado é a causa mais
profunda da discórdia mais perversa e mortífera. João XXIII, com razão,
escrevia em Pacem in terris, 1: “A paz sobre a terra, pela qual têm
ansiado os homens de todos os tempos, não pode ser fundada e assegurada senão
quando a ordem estabelecida por Deus for conscienciosamente respeitada”. Isso
vale, de modo especial no relacionamento entre as pessoas. Onde quer que
as pessoas não se preocupem desta ordem aí irrompe a discórdia, entram os
litígios e as contendas. O homem se torna lobo para o homem, inimigo do
outro, um povo contra o outro.
• O que destrói a paz?
Muitas respostas podem ser dadas a esta pergunta. Todas elas, no
entanto, têm como origem a mesma raiz: o egoísmo. Pode ser egoísmo individual,
como egoísmo de um grupo. Do egoísmo nasce a cobiça. Se origina a ânsia
exagerada pelo poder. Essas são consequências do pecado. Quando se quer
ter mais do que os outros surgem as querelas e as guerras. Os dois grandes
inimigos da paz são a cobiça e ânsia pelo poder.
• Quem dá a paz?
Os homens, seguindo os próprios instintos, não podem alcançar a
paz. O egoísmo como consequência do pecado original está tão fortemente
arraigado nos homens, tão viva e tão profundamente, que não podem dominá-lo. A
história da humanidade, desde Caim e Abel, é a história das funestas
consequências do pecado do egoísmo. Por isso, foi preciso que o próprio Deus
viesse restabelecer de novo a paz entre ele e os homens e a paz entre os
próprios homens. Esta maravilha do amor divino realizou-se na Encarnação
de Cristo. Por isso, os anjos cantaram no seu nascimento: “Glória a Deus nas
alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” (cf Lc 2, 10). Enquanto o
egoísmo pecaminoso do homem leva à discórdia e angústia mediante a avareza e à
ânsia desordenada pelo poder, o amor desinteressado de Cristo nos traz a paz
mediante a pobreza e a humildade. Por isso, a Igreja no Natal fala do Rex
Pacificus, rei portador da paz. Ele é nossa paz (Ef 2,14).
b) Francisco:
da violência natural à paz fraterna
• Francisco viveu num século de violência. A guerra fazia
estragos em todas as camadas da sociedade: entre o Papa e o Imperador, entre a
cristandade do ocidente que sonhava reconquistar o reino latino de Jerusalém e
o Islão, entre a antiga nobreza e a burguesia nascente, entre as jovens
cidades rivais na Itália. Nesse contexto, Francisco não era pessoalmente um
homem de paz. Foi mesmo um lutador, um combatente. Em sua juventude sonha com batalhas
e conquistas. Seu desejo é fazer brilhante carreira militar. Antes de
converter-se me arauto da paz combateu com armas na mão e certamente viveu
a experiência das barricadas. Por natureza não foi um pacífico.
• Em
seus escritos vemos, aos poucos, erguer-se um homem de paz que vai
se fazendo pela total desapropriação de si mesmo enraizada no amor de Cristo,
capaz de enfrentar provações e sofrimentos sem perder a paz da alma e do corpo.
Evidente que tudo isso é fruto de longo trabalho de conversão. Se a
guerra nasce do egoísmo, a paz brota da conversão.
• As
intervenções pessoais e locais de Francisco em favor da paz não podem
dissociar-se de um grande movimento fraterno que ele se esforçou em
criar. A paz franciscana tem um nome e um rosto: a fraternidade, como
portadora de esperança para toda a humanidade. Muitos jovens, milhares
mesmo, aderiram a este movimento. Aderiam à vida de pobreza porque
vislumbravam no final do caminho a fraternidade.
• Desnecessário
lembrar que a transformação de Francisco em homem de paz se dá quando consegue
se aproximar da miséria do leproso e beijar esse irmão cristão..
c) Francisco,
fraternidade e paz
• A ideia de fraternidade vagava no ar no final do século XII
e começo do século XIII. Ela havia feito com que o povo
simples das cidades, junto com os ricos comerciantes rechaçassem o poder
senhorial e o sistema de vassalagem na esperança do surgimento de
uma sociedade mais livre e mais fraterna. Os homens da época queriam
deixar de serem vassalos e passarem a ser “sócios”, “associados”. Esta grande
aspiração popular havia procurado se plasmar em comum. Houve decepção. O
dinheiro e o poder trocaram de mãos. A nova classe foi sendo tomada pela
vontade de poder.
• O
mérito de Francisco consistiu em fazer surgir um novo tipo de comunidade, à luz
do Evangelho e respondendo às aspirações de sua época. Não quis copiar o modelo
monástico por causa de suas posses e seu modelo feudal. “Depois que
o Senhor me deu irmãos - Francisco escreve em seu Testamento –
ninguém me mostrou o que eu devia fazer, mas o Altíssimo mesmo me revelou
que eu devia viver segundo a forma do Santo Evangelho (Test 15).
Francisco cria a fraternidade. Repudia-se a ideia do paternalismo
abacial e senhorial. “Nenhum dos irmãos – escreve na Regra de 1221 -
tenha poder e domínio e menos ainda entre os irmãos (RNB
5,9). “Ninguém seja chamado de prior” (RNB 6,6). Nem dominadores,
nem dominados: todos irmãos e cada um a serviço de todos os demais. Será
que há outro fundamento para a paz?
• Quando
olhamos a violência no mundo atual fica claro que ela tem sua origem na falta
de respeito carinhoso para com o irmão, no desejo de posse, de domínio de
pessoa sobre pessoa, de grupos sobre grupo: as terríveis guerras mundiais com
milhões de mortes, cortejo de dores e dramas, campos de concentração; a
opressão dos grandes sobre os pequenos em todos os cantos da terra; a violência
no trânsito, no trato entre as pessoas, na falta de respeito pelas diferenças,
na tentativa de nivelar tudo a partir das ideias de uns, no fanatismo
religioso, na cruel indiferença de uns para com os outros. O amor
fraterno é a única fonte de paz entre os homens.
• A
palavra irmão, recuperada em seu vigor evangélico, se torna nome próprio
dos membros da nova comunidade, nome com o qual os seguidores de Francisco se
distinguem dos monges e dos cônegos. Francisco e seus irmãos conseguem
viver o que as comunas não haviam logrado levar a cabo. Homens de todas as regiões
e de todas as condições sociais foram aprendendo a viver juntos, livres de
qualquer relação de dominação, fraternalmente associados. Francisco, com
a força da fraternidade, escreve página viva do evangelho da paz.
d) Francisco
roga que os irmãos se estimem carinhosamente
• Não se trata apenas de uma convivência pacífica entre os
irmãos isenta do desejo de dominação. Francisco queria os relacionamentos entre
os irmãos fossem calorosos, afetuosos, serviçais e impregnados de
familiaridade. "E onde estão e onde quer que se encontrarem os irmãos,
mostrem-se mutuamente familiares entre si. E com confiança um manifestem ao
outro a sua necessidade, porque, se uma mãe nutre e ama seu filho (cf. 1Ts 2,7)
carnal quando mais diligentemente não deve cada um amar e nutrir seu irmão
espiritual? “ ( cf. RB 6, 8-9).
e) Missão
de paz
• Ainda não eram dez os primeiros irmãos e já Francisco os
envia dois a dois para anunciar a paz: “Ide, caríssimos dois a dois, por todas
as partes do mundo, anunciando aos homens a paz e a penitência para a remissão
dos pecados; sede pacientes na tribulação, confiando que o Senhor vai cumpri o
que propôs e prometeu” (1Celano 29).
• “O
Senhor revelou-me que disséssemos a seguinte saudação: O Senhor te
dê a paz” (Testamento 23). Francisco imagina sua missão e de seus irmãos
como uma vasta campanha de paz. “Em todas as pregações, antes de propor aos
ouvintes a palavra de Deus, invocava a paz dizendo: “O Senhor vos dê a paz”.
Anunciava-a sempre a homens e mulheres, aos que encontrava e aos que lhe iam ao
encontro. Desta forma, muitos que tinham desprezado a paz, como também a
salvação, pela cooperação do Senhor abraçaram a paz de todo o coração,
fazendo-se também eles filhos da paz, desejosos da salvação eterna” (1Celano
23).
• Os
irmãos proclamam a paz não somente com um anúncio verbal. Anunciam-na,
sobretudo, mediante seu comportamento, através da qualidade de
relações mútuas e com as pessoas de fora: “Aconselho, admoesto e exorto a meus
irmãos no Senhor Jesus Cristo que, quando vão pelo mundo, não discutam nem
alterquem com palavras, nem julguem os outros, mas sejam mansos, pacíficos e
modestos, brandos e humildes, falando a todos honestamente como convém”
(Regra bulada, 3, 11-12. Na Regra de 1221 já havia escrito: “E guardem-se
os irmãos para não se caluniarem nem porfiarem com palavras... Nem
briguem entre si nem com os outros mas procurem responder
humildemente...E sejam modestos mostrando mansidão” (Regra não bulada 11,
1-3.9).
• “Francisco
é um homem reconciliado porque soube fazer, quanto foi humanamente possível, a
unidade em si; porque soube aceder à simplicidade despojando-se do orgulho, de
seu narcisismos, vanglória e preocupações inúteis. Em suas Exortações ele abre
o mesmo caminho para seus irmãos. Não tornou-se um homem reconciliado como que
magicamente. Foi preciso tempo. Um tal despojamento não pode ser
realizado à força de murro. Depois de um longo combate e através de momentos
difíceis, foi se entregando a Deus, a seus irmãos e aos acontecimentos. Somente
no final de sua vida, no momento da estigmatização e do Cântico das Criaturas,
quer dizer, um ou dois anos de morrer que se tornou um homem pacificado e
sua morte nua, sobre a terra nua é o símbolo mais forte de tal pacificação”
(Antonin Alis, OFMCap).
• Fraternizar
com todos os homens, com todas as criaturas, tal como fazia
Francisco de Assis, é optar, à luz da Reconciliação, por uma visão do
mundo em que prevalece a conciliação sobre a divisão; é abrir-se, para
além de todas as separações e soledades, a um universo de diálogo e de comunhão
num clima de perdão e de reconciliação.
• Vale
a pena refletir nestas linhas de Antonin Alis, OFMCap, em artigo
publicado na Revista Evangile Aujourd’hui, n. 211, p. 34-35: “Antes de morrer
Francisco pediu a seus irmãos que o colocassem nu sobre a terra nua. Certamente
assim fizera para imitar o Cristo. Podemos, no entanto, ler neste gesto um
sinal de que o Poverello estava reconciliado ao mesmo tempo consigo mesmo,
particularmente com seu corpo, com a terra, com os outros e,
evidentemente com Deus. Nem sempre Francisco conviveu bem com seu corpo. Não
demonstrou ternura para com seu “irmão burro”. Levou vida de penitência e de
ascese. Sua existência se constituiu num prolongado jejum e suas noites eram
antes consagradas à oração do que empregadas para dormir. De fato, o pedido de
ser colocado nu sobre a terra nua pode ser interpretado como um último gesto de
penitência e ascese. No entanto, creio pessoalmente que também aí se pode ver
um gesto de reconciliação com seu corpo. O assunto nos faz pensar no livro do
Gênesis, mais precisamente na nudez de Adão e Eva antes do pecado.
Francisco não tem mais vergonha deste corpo tantas vezes desprezado.
Mostra-se nu não por exibicionismo mas para significar que o homem
é belo em sua nudez. Foi a vergonha que fez com que Adão e Eva se cobrissem com
folhas de parreira. Antes do pecado não tinham vergonha de seu corpo. Da mesma
forma, no momento de sua morte, Francisco sente-se ligado ao primeiro
homem e à primeira mulher em sua inocência original. Coloca-se nu sobre a terra
nua. A terra, irmã nossa mãe a terra que nos sustenta e alimenta, canta
Francisco no Cântico do Irmão Sol. Volta novamente ao relato da criação: o
homem modelado por Deus da terra, o homem tirado por Deus da terra. Somos seres
queridos por Deus desta maneira. Nu sobre a terra nua Francisco declara que
assume suas origens e que está plenamente reconciliado com elas”.
• Michel
Hubaut (Chemins d’intériorité avec saint François, Ed. Franciscaines
2012): “Francisco acredita na contagiante irradiação
dos corações “pacificados”. Para ele é sempre grande vergonha guardar
silêncio quando a paz é ameaçada. Calar-se-ia ele hoje diante de tantos
conflitos? Certamente que não! Haveria de escrever a todos os responsáveis
em todos os escalões. Iria bater à porta do poder sem receio de ser
despedido como um sonhador. A seu modo haveria de apoiar os não-violentos e
todos os pacifistas. Francisco se alegraria em ver cada vez mais os irmãos
cristãos romperem um silêncio de cumplicidade e se engajarem nesta missão de
paz (Anistia internacional, Franciscanos internacional, movimentos locais),
escrevendo a deputados, sensíveis aos votos de seus eleitores (...). Nossa
vergonha, diria Francisco, é nosso silêncio indiferente. A paz se tornou missão
urgente para se construir a fraternidade universal, para realizar o projeto
de Deus em nossa terra” (p. 215).
Questões:
• Nossa experiência concreta de vida franciscana fala que estamos
construindo a paz? Para dentro e para fora?
• Como situar neste contexto, arrependimento, necessidade de perdão e
sacramento da reconciliação?
· Quem
seria realmente pessoa reconciliada?
Oração final
Meu Senhor e meu Deus, Pai de infinita misericórdia, Tu
que com ternura e delicadeza nos guardas em tuas entranhas e nos
dás a Paz: Dá-nos a graça de acolher tua Paz, de reconhecer em meu
coração essa luz infinita de amar
meus irmãos de verdade, em minha família, no trabalho, no metrô e na rua, de
acolher cada um e de descobrir um bem-amado filho teu. Dá-me esta louca
confiança de pedir pelo advento de tua Paz. Que, ao longo do
caminho, minha oração se uma às preces desses que ficaram firmes na
Esperança, quando o horror dos campos de concentração quase os
enlouquecia. Que reine a paz em meu coração e nos corações e que toda barreira caia
como os muros de Jericó. Dá-me a força de trabalhar com coração ardoroso para o
advento de tua Paz. Possa eu ser um aguerrido e alegre operário e tua Paz
travando a cada dia o combate para tua maior glória. Assim, creio
que todos juntos, com o coração exultando de alegria, um como Tu e teu Filho
são um, subiremos rumo à Jerusalém celeste
e viveremos em tua presença. (Irmã Clara-Maria)
Fonte: http://www.franciscanos.org.br/?especiais=francisco-de-assis-homem-reconciliado-e-arauto-da-paz-2
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