Paz e bem. Mas antes de tudo, perdão.


                É com a mais comum e especial de nossas saudações que iniciamos a nossa catequese de hoje, esperando em Nosso Senhor Jesus Cristo, e com as intercessões de nossa Santíssima Mãe Maria Aparecida, São Bento, São Padre Pio, São João Paulo II e São Francisco de Assis que todo o conteúdo aqui abordado seja a mensagem d’Ele a cada um de nós nessa data tão especial.
                Escrever sobre São Francisco é externar o amor carismático existente em cada uma de suas ações ao longo da sua vida, que foi um testemunho vivo de amor autêntico, unitário, íntimo e sincero com o Nosso Senhor Jesus Cristo e continua hoje, após mais de 800 anos de sua conversão, a inspirar tantos homens e mulheres rumo a uma vida de santidade.
                No ano da misericórdia, não podemos deixar de celebrar com muito entusiasmo uma das indulgências que o nosso próprio Pai Seráfico clamou ao Nosso Senhor Jesus Cristo, a da Porciúncula. Tal lembrança nos remete a necessidade que possuímos do perdão de nossos pecados, para assim alcançarmos a Glória dos Céus.
                De acordo com o testemunho de Bartolomeu de Pisa, a Indulgência da Porciúncula e/ou assim chamada Perdão de Assis, aconteceu em um momento de intenso louvor e oração de São Francisco, culminando na aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Santíssima Mãe, que perguntaram o que ele (Francisco) desejava para a salvação das almas.
                Francisco, como não podia deixar de ser, intercedeu pelos seus tantos irmãos e irmãs que assim como ele, dotados de pecados, teriam um lugar para que após arrependidos e confessados, alcançassem um amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas.
                Ainda hoje, Francisco nos demonstra através do seu exemplo, que a intimidade com o Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser sempre em benefício dos que estão ao nosso redor, dos nossos irmãos e irmãs que estão ainda nos dias de hoje sentindo na pele as lepras do dia a dia e não encontram em muitos de nós o acolhimento e a proposta de conversão ao qual Jesus Cristo nos ensinou.
                Francisco ao clamar pelo Perdão de Assis, mostra aos seus irmãos de carisma, que a necessidade maior para a salvação dos que sofrem é antes de tudo espiritual e que nossa primeira missão é proporcionar para que eles alcancem a Graça do perdão, para a partir daí, construirmos a civilização do amor.
Ser Cristão, intimamente ligado a Ele, nos condicionará a uma reformulação de nossas ações, princípios morais, atitudes e palavras, nos dando a oportunidade de assim como São Francisco de Assis, sermos também outros Cristos no nosso dia a dia, principalmente quando são ofertadas tantas possibilidades.
Neste dia que o Perdão de Assis completa 800 anos, nós Jufristas, portadores do carisma de nosso Pai Seráfico, saibamos interceder por nossos irmãos menos favorecidos, levando a Palavra de Deus que tanto inspirou a São Francisco de Assis e que a cada oportunidade possamos ser o evangelho vivo, como ele mesmo nos ensina em seu testemunho, levando ao encontro dos ofendidos a perdão, dos odiosos o amor, dos desesperados a esperança e duvidosos a fé.
Paz e bem!

Thiago da Silva Figueiredo, JUFRA
Fraternidade Luz de Assis – Eunápolis/BA
 Coordenador Diocesano do Setor Juventude da Diocese de Eunápolis, Bahia.