Nascida na Hungria e desde a infância prometida em casamento a Luís IV, duque hereditário da Turíngia, Isabel tinha hábitos em que a santidade já lhe parecia próxima. Costumava, ainda sem saber ler, folhear o livro dos salmos, durante as brincadeiras conseguia levar as outras meninas à capela, e quando as portas estavam fechadas, as beijava, pois sabia que ali Deus repousava.
Sua vida sofrida começara bem cedo, quando com menos de dez anos perdera sua mãe. Foi perseguida e maltratada pela família de seu futuro esposo, por entenderem que, assim simples e bondosa, ela não seria a companheira viável para Luís IV, ainda assim aos 13 anos se casa com ele e passa a ser perseguida, portanto, também dentro do palácio.
Seu esposo, um homem religioso e de bom coração, foi sempre seu protetor contra as agressões que Isabel recebia de seus dois cunhados e de sua sogra, que sentia enorme ciúme do amor de seu filho.
Essa jovem mulher, piedosa e caridosa, sabia fazer muito bem o uso da riqueza de seu marido. Era generosa com as esmolas aos pobres, carinhosa com os doentes, distribuía alimentos, ações que sempre irritaram profundamente seus cunhados. Construiu três hospitais e manicômios para os pobres. Transformou sua casa num templo de caridade, aos que não conseguiam subir as escadas, ela ia até eles para cuidar de suas fraquezas. Certa vez, no auge de sua compaixão, deu ao leproso que te pedia esmola, sua cama, lençóis e cuidados. Atitude que causou grande espanto dos integrantes do palácio que chamaram imediatamente o Duque Luís IV, afim de que ele repudiasse tamanha ousadia de sua esposa, mas ao chegar em seu quarto e levantar os lençóis, Luís ver Jesus Cristo, que se deixa contemplar por alguns instantes.
Mas seu casamento, logo foi interrompido. Isabel se torna viúva aos 20 anos e no mesmo dia da morte de seu esposo e protetor, ela é expulsa do palácio com seus três filhos, numa noite fria. Ninguém daquela cidade podia te dar abrigo, agasalhos ou alimentos, pois seus cunhados ordenaram que ninguém estava permitido a te ajudar prometidos de serias punições. Ainda assim recebeu de algumas pessoas misericordiosas abrigo em um chiqueiro, onde ela e seus filhos, se aqueceram. Receberam ali, também, uma aparição de Jesus Cristo. Foi até um convento franciscano, não para pedir abrigo, mas para pedir-lhes que cantassem em intenção de agradecimento pelo seu sofrimento.
Depois de voltar ao palácio e ter seus direitos e de seus filhos reconhecidos, com a mesma vontade e sem preocupar-se com a opinião alheia continua a cuidar dos pobres, enquanto é construído, com seus bens, um convento franciscano em Marburgo. Depois de pronto, confia a seus dois filhos mais velhos a vida na corte e como Franciscana Secular, que já havia se tornado, vai morar nesse convento, onde vive até o fim de seus dias, cujo não foram longos.
Era muito cuidadosa e criteriosa, aconselhava aos pobres que trabalhassem, preferia distribuir alimentos diariamente a dar uma quantia mensalmente, já que sabia que eles não saberiam administrar. Vivia em imensa sintonia com Deus, três dias antes de sua morte, o Senhor veio te revelar quando a levaria par o céu, depois dessa visão, uma grande luz fincou em seu rosto, que era quase impossível fixar o olhar. E aos 24 anos ela, morre.
Sete anos após a sua morte, em Perusa, onde São Francisco foi canonizado, Santa Isabel da Hungria é também canonizada pelo Papa Gregório IX, e logo mais declarada como Padroeira da Ordem Franciscana Secular.
Piedade, pureza e justiça. Santa Isabel Da Hungria, rogai por nós!



Steffane Mendonça

Formadora Regional- Sergipe