PROPOSTA DE ENCONTRO DE
PÁSCOA
Juventude
Fransciscana do Brasil
I – Preparação do ambiente: Bíblia,
crucifixo, imagens de Cristo Ressuscitado (se possível), Nossa Senhora e São
Francisco de Assis.
II – Encontro
Animador:
Queridos irmãos e irmãs! O tempo pascal é a época de mais intensa alegria do
ano cristão. Jesus ressuscitou e vive para sempre conosco. A vida venceu a
morte. Vamos iniciar nosso encontro invocando as bênçãos da Santíssima
Trindade.
Todos:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Animador:
Essencialmente, ser cristão é ser alegre. Isso, à primeira vista, aparenta ser
um paradoxo, pois sabemos que a Bíblia, nosso livro sagrado, não é de forma
alguma uma narrativa fácil ou boba. Em diversas passagens, o Autor Sagrado faz
alusões ao sofrimento humano, concretizado na solidão e no abandono – por
exemplo, Jó lamenta que “até os pequeninos me
desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim” (Jó 19:18) e o
próprio Jesus soluça antes de expirar na Cruz: “Meu Deus, meu Deus! Por que me
abandonaste?” (Mc 15:34).
Leitor
1: Todavia, o sofrimento do cristão não é inútil, nem sem sentido, pois sempre culmina na vitória e na ressurreição. A Bíblia nos informa que, três dias após a morte de
Cristo, os discípulos estavam ainda tão tomados de desesperança que foi preciso
que Jesus lhes apareceresse, em pessoa, para que acreditassem de vez na
ressurreição.
Animador:
Nesse
contexto, a páscoa é, essencialmente, passar da vida velha para a nova. Não é
apenas uma mudança física – a reanimação do corpo morto – mas um triunfo
espiritual. Ao vencer a morte e nos dar vida nova, Jesus confirmou que apenas
Ele é a “pedra angular” a que se refere o Antigo Testamento (Sl 117-118, 22),
isto é, a pedra sobre a qual se levanta uma edificação. Com isso a Escritura
nos ensina que nossa vida, nossas tarefas, nosso dia-a-dia, devem estar
erguidos sobre a rocha sólida que é Jesus Ressuscitado. Por isso o cristão é alegre:
temos a certeza de estar do lado certo, do lado de Cristo Vivo.
Leitor 2: “Na
espiritualidade cristã, há um ponto fundamental: os que são de Cristo morrem
com ele e com ele ressuscitam. Passam da terra da servidão, pelo deserto, até a
terra prometida. O mistério pascal situa-se no centro de nossa vida cristã.
Através dos gestos de Cristo, manifestados em sua páscoa, temos uma ideia do
alcance do amor de Deus e passamos a conhecer o verdadeiro êxodo. Esse mistério
ocupa lugar central em nossa vida pessoal e cristã. Morremos a nós mesmos e
nascemos para a vida de Cristo” (GUIMARÃES, Fr. Almir Ribeiro. A páscoa de Jesus e a páscoa de São
Francisco. Disponível em http://www.franciscanos.org.br/?p=8943.
Acesso em 12/04/2017).
Animador: Nosso
querido Pai Seráfico Francisco de Assis entendeu como ninguém a importância do
profundo mistério da Páscoa. Ele tinha ciência que haveremos de morrer e
ressuscitar com Jesus. Sempre buscou ser um servo menor – não é à toa que
batizou seu grupo de Ordem dos Frades Menores – para servir aos outros antes de
pensar em si. Pensava tanto na Páscoa que, antes de morrer, pediu que buscassem
o Evangelho de São João e lessem o trecho que começa: “Antes da festa da
Páscoa” (Jo 13:1). É chegada a “hora” de Jesus, para a qual Ele sempre se
preparou. Assim como Jesus, Francisco soube quando chegou sua hora – e longe de
se entristecer ou enraivecer, morreu cantando e feliz.
Leitor 1: Jesus
está sempre convosco, junto ao Céu, para interceder por nós. Junto com sua Mãe
Santíssima, que esteve ao seu lado na cruz e na ressurreição, estará sempre
atento às nossas dificuldades e necessidades. São Francisco sabia disso:
portanto, nunca deixou, por um instante, de agradecer intensamente a Jesus
pelas boas obras que fez pelos irmãos menores. Vamos refletir brevemente sobre
a ressurreição de Cristo, lendo o Texto Sagrado.
II.1 - LEITURA
– Narrativa da
Ressurreição (Jo 20:1-9)
- Narrativa sobre
Francisco e a Páscoa, segundo São Boaventura:
* “Certa vez, no dia sagrado da Páscoa,estando num eremitério distante e sem
poder mendigar, Francisco pediu esmola aos próprios irmãos, como peregrino e
pobre, em memória d’Aquele que, naquele dia, aparecera aos discípulos na
estrada de Emaús sob a figura do peregrino. E tendo-a recebido com humildade,
instruiu-os nas divinas letras, exortando-os a que no deserto deste mundo se
julgassem peregrinos e estrangeiros, isto é, como verdadeiros israelitas, e a
que celebrassem continuamente em pobreza de espírito a Páscoa do Senhor, ou
seja, o trânsito desta vida à vida eterna, a passagem deste mundo para o Pai” (
LM, VII, 9).
Leitor 2: A respeito da Páscoa como “passagem deste mundo para o Pai”,
lembramos que Francisco viveu sua vida de conversão numa continua celebração da
Páscoa. Celebrar a Páscoa por isso para nós, franciscanos e
franciscanas, é viver continuamente o mistério da conversão! Sair do mundo,
sair de tudo o que nos impede de amar livremente os Irmãos e Irmãs e chegar à
experiência do Êxodo: o que é amargo converter-se em doçura de alma e corpo!
(Cf. Blog das Irmãs Terciárias Franciscanas. Em
http://irmasterciariasfranciscanas.blogspot.com.br/2013/03/pascoa-e-francisco-de-assis.html.
Acesso em 12/04/2017).
II.2 - COMENTÁRIOS (se pertinentes)
III
- SAUDAÇÃO FINAL
Animador: Queridos
irmãos e irmãs, esperamos ter aprendido muito com o amor de São Francisco pela
Páscoa de Jesus, que também é nossa Páscoa, ao fim de nossa peregrinação
terreste. Vamos pedir a Deus, por intercessão de sua Mãe Santíssima, a Virgem
Maria, que nos ajude a trilhar esse caminho do amor na Terra, procurando “amar
mais que ser amados” (Oração de S. Francisco), para chegarmos um dia à nossa
Páscoa com Jesus. Paz e Bem!
Cântico Final( a escolha)
Aloysio Filho
Secretário de Formação
Regional SE 2(RJ - ES)
0 Comentários