"Fraternidade lugar do Simples e do Sábio"



         Acredito que um dos grandes dilemas de uma fraternidade é descobrir sua identidade, questionar seu papel na sociedade e refletir a toda momento se o ideal franciscano continua “aceso”. Na minha opinião, cada fraternidade é diferente e os membros possuem uma forma própria de se relacionar, mas o que as torna similar é justamente a paixão que as move: São Francisco. Podemos estar em outra fraternidade que não a que participamos efetivamente, mas sentimos como se estivéssemos nela; todos os irmãos são receptivos, atenciosos e sonham com uma sociedade mais justa e igualitária. Claro, isso é ser franciscano!
         No Capítulo 144 dos Escritos (2Cel 191), fala-se sobre a importância de termos os sábios e os simples em uma fraternidade: “(...)os sábios aproveitam o que é dos simples, vendo que os ignorantes buscam as coisas do céu com inflamado vigor e que os não instruídos pelo homem aprenderam pelo Espírito a saborear as coisas espirituais. (...) também os simples aproveitam o que é dos sábios, porque vêem que nela convivem com eles homens preclaros, que poderiam viver gloriosos no século”. Mais do que isso, acredito que a fraternidade seja um lugar para todos. Logo que conhecemos a JUFRA, muitas vezes não temos muito conhecimento do que é o ideal franciscano e se é isso que queremos para nossa vida, afinal, é um carisma que simpatizamos com o tempo, mas que acolhe todos os tipos de pessoas.
      “Queria que os grandes se unissem aos pequenos, que os sábios e os simples vivessem em comunhão fraterna e que os que se encontrassem longe sentissem que estavam ligados pelo amor”. Essa é a essência: o AMOR! Queremos uma fraternidade que dê certo, que ajude a construir uma sociedade mais justa? Então sim, precisamos de simples e sábios, mas acima de tudo precisamos de amor, pelos outros, pelo ideal franciscano e por nós mesmos. Devemos ser o que queremos ver. Aí sim, veremos mudança!


Amanda Rocha – Formadora Regional Sul 3