O AMOR QUE LIBERTA
No ultimo domingo, dia 25 de
novembro, fomos visitar nossas irmãs da 2º ordem, as Clarissas, no Mosteiro de
Nazaré em Lages-SC. Fomos recebidos com muito amor e alegria por elas e nos
sentimos em casa, bem como uma acolhida pela família deve ser! Nesses momentos
que temos certeza que estamos no caminho certo, dentro de um carisma que nos
inspira todos os dias.
Essa visita nos trouxe uma reflexão
profunda... As Clarissas optam por uma vida de entrega total, afastadas do
mundo e bem perto de Deus.
Em comunhão com a JUFRA do Brasil, que celebra em dezembro a Jornada Franciscana Nacional pelos Direitos Humanos, em busca da superação da violência, queremos refletir sobre a missão das irmãs que tivemos a oportunidade de visitar e no que podemos ser inspirados por elas no combate à desigualdade, usando nossas melhores ferramentas: a oração e o amor.
Em comunhão com a JUFRA do Brasil, que celebra em dezembro a Jornada Franciscana Nacional pelos Direitos Humanos, em busca da superação da violência, queremos refletir sobre a missão das irmãs que tivemos a oportunidade de visitar e no que podemos ser inspirados por elas no combate à desigualdade, usando nossas melhores ferramentas: a oração e o amor.
"Enclausuramento, prisão,
cárcere, detenção, confinamento.
Tantas palavras que fazem pensar em
obrigação, sofrimento, alienação. Na sociedade que exclui, que aparta, que
seleciona. Que quer afastar aqueles que não bem quistos, não são (bem) vistos,
não são amados.
Lugar de dor, de abandono, de
esquecimento. De escuridão. Lembram também dos muros altos, que segregam e
permitem a ilusão de que o problema não é nosso: é deles, é delas. Doce ilusão.
Tão amarga para alguns.
Cadeia é tristeza. Para todo lado:
quem feriu, quem foi ferido, quem ama quem feriu, quem ama quem foi ferido. No
fim, a ferida fica aberta. Para todo mundo: quem feriu, quem foi ferido, quem
ama quem feriu, quem ama quem foi ferido.
E não cicatriza, não. Não na lógica
do mundo. Mas, na lógica de Deus, há esperança. Sempre.
Clausura.
Tão perto, até sinônimo, de todas as
outras que já foram ditas. Mas, essa, pode remeter à paz. Àquelas que dão a
vida por todo o sofrimento já descrito. Por aqueles de dentro dos muros, por
aqueles de fora, por quem os constrói e por quem os destrói. Pela humanidade.
Essa palavra, ao contrário, traz a
mansidão. Inerente a quem sente - sabe! - que há Alguém, lá em cima, com as
chaves de tudo, aqui embaixo. Que vê toda aquela dor e se compadece por ela.
Por isso, escolhe as filhas mais especiais com a missão (ainda mais) especial
de zelar pela integridade espiritual daqueles que sofrem.
Deu a elas o curativo perfeito para
fechar aquelas feridas, ainda abertas.
Destinou a flor mais linda, o perfume
mais doce, o sorriso mais sincero: para elas. Ele sabia que nós precisaríamos
delas. Precisaríamos buscar esse Amor, que tão bem elas guardam – e não se
afastam porque não querem deixá-lo [nem por um segundo – certas elas!].
Precisaríamos das suas orações, da certeza de que, lá, ainda mais perto dEle,
pensam em nós, aqui.
Se engana quem acredita que estão
distantes. Estão, na verdade, muito perto. Dentro. No íntimo. Em uma ligação
íntima e marital com Ele, que está em nós. Queria mesmo é que todos tivessem a
certeza do olhar dEle, do cuidado dEle, e de tudo que Ele deixa para nos
lembrar disso: inclusive, elas.
Que nós, olhando para os que estão
enclausurados por obrigação, saibamos cada vez mais ser como aquelas que, na
clausura por vocação, entregam a vida por amor a Deus e à humanidade. Por
nós."
Paz e bem!
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