JUFRA DO BRASIL LANÇA FORMAÇÃO SOBRE O ANO DO LAICATO
ANO DO LAICATO
“Sal
da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14)
MATERIAL
NECESSÁRIO + AMBIENTAÇÃO
- Rolo de barbante para dinâmica
- Bíblia, Cruz/Imagem de Cristo e Vela para
organizar uma referência visual no centro da roda (organizar as cadeiras em círculo)
- Cartaz do Ano do Laicato e/ou imagens que
representem a atuação leiga também para compor o centro da roda
- Se tiver quadro na sala ou a possibilidade de
colocar cartolinas na parede, escrever tema e lema do Ano do Laicato
OBJETIVOS
- Expor a motivação que moveu a CNBB a propor a
temática do Ano do Laicato;
- Refletir sobre o papel dos leigos;
- Motivar para a ação transformadora
individualmente, na Igreja, mas principalmente na sociedade.
INTRODUÇÃO
Durante
um ano a Igreja no Brasil celebra, no período de 26 de
novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. Tendo como tema
“Cristãos leigos e leigas, sujeitos na
‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt
5,13-14).
Como
leigos, interpelados a viver a santidade no mundo, somos instados pelo Espírito
Santo a cultivar com solicitude a vida interior, para que possamos mover e
abalar o mundo por meio do amor de Deus!
Como
Juventude Franciscana, estamos especialmente inseridos neste contexto... Nós,
jovens seguidores de Francisco, somos protagonistas nas transformações, por
isso devemos ter certeza e confiança na nossa vocação para seguirmos ativamente
o plano de Deus para nós!
Para
isso, devemos continuar contribuindo cada vez mais para a renovação da Igreja
de Cristo e para que seja cada vez maior sua atuação no mundo. Neste ano, de
forma especial, vamos, juntos, intensificar o seguimento do chamado de Cristo
Crucificado a Francisco: “Vai e reconstrói a minha Igreja”!
VER
Condutor(a): Para que iniciar nossa
reflexão sobre o Ano do Laicato, vamos ler em conjunto trechos do Documento 105
da CNBB que podem nos orientar a respeito do cumprimento do missão que Deus
destina aos leigos.
Leitor 1: “Como cristãos, somos
chamados a viver como discípulos de Jesus Cristo no nosso dia a dia. A partir
da sua vocação específica os cristãos leigos e leigas vivem o seguimento de
Jesus na família, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na multiforme
participação na sociedade civil, colaboração assim na construção de uma
sociedade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus
inaugurado por Jesus de Nazaré” (número 11).
Leitor 2: “Queremos recordar e
insistir que o primeiro campo e âmbito da missão do cristão leigo é o mundo. A
realidade temporal é o campo próprio da ação evangelizadora e transformadora
que compete aos leigos. [...] A vocação específica do leigo, impregnado do
Evangelho, é estar no meio do mundo à frente de tarefas variadas da ordem
temporal” (número 63)
Leitor 3: “A Igreja vive dentro
deste mundo globalizado, interpelada a um permanente discernimento. O desafio
do cristão será, sempre, viver no mundo sem ser do mundo (Jo 17, 15-16),
examinar tudo e ficar com o que é bom (1Ts 5, 21). Sua missão é construir o
tempo presente, na perspectiva do Reino que já está entre nós, mas que sempre
há de vir como graça que não se esgota em nenhuma das conjunturas históricas”
(número 78).
Leitor 4: “Os cristãos são
chamados a serem os olhos, os ouvidos, as mãos, a boca, o coração de Cristo na
Igreja e no mundo. Esta realidade da presença de Cristo é explicitada na imagem
proposta por Paulo, a de que a Igreja é Corpo de Cisto (1Cor 12, 12-30; Rm 12,
4-5). Cristo vive e age na Igreja, que é seu sacramento, sinal e instrumento”
(número 102).
Leitor 5: “A igreja é a comunhão
de libertos para uma vida nova, para o serviço, em harmonia e respeito. Ela é
chamada a testemunhas uma convivência humana renovada, em relações fraternas,
em comunhão libertadora. A verdadeira comunhão cristã gera autonomia, liberdade
e corresponsabilidade; por sua vez, estas são necessárias para a autêntica
comunhão (Gl 2,1-2.9.11). É na Igreja e como Igreja que o cristão leigo
vivencia a liberdade, a autonomia e a relacionalidade” (número 126).
Leitor 6: “Pela força do
Espírito, a ação da Igreja é direcionada para fora de si mesma como servidora
do ser humano, testemunha do amor de Deus revelado em Jesus Cristo e sinal do
Reino de Deus. A Igreja “em saída”, como define o Papa Francisco é a Igreja da
ação renovadora de si mesma, das pessoas e do mundo, em estado permanente de
missão. Como membros da Igreja e verdadeiros sujeitos eclesiais, os cristãos
leigos e leigas, a partir de sua conversão pessoal, tornam-se agentes
transformadores da realidade” (número 243).
ILUMINAR
Condutor(a): Será
iniciado, agora, o momento de reflexão e partilha sobre o conteúdo conversando
até aqui. Então, vamos pedir a Deus para que faça nosso coração se abrir à
leitura da palavra e, dessa forma, possamos entender qual a missão que Ele quer
nos passar neste encontro.
Leitura da palavra: Mt 5, 13-16 - “Sal e Luz”, trecho
do qual foi retirado o versículo usado como lema do Ano do Laicato.
AGIR
·
Depois da
leitura, convidar a fraternidade a meditar sobre a importância da passagem e, a
partir disso, extrair desafios concretos:
Condutor(a): Considerando que a ação
evangelizadora inclui sempre a Igreja, a sociedade e cada sujeito
individualmente, vamos refletir sobre como pode ser a efetiva atuação das
leigas e dos leigos para que se estabeleça no mundo a civilização do amor e da
paz, que, como indicou o Beato Paulo VI, deve inspirar a vida cultural, social,
política e econômica do nosso tempo. Vamos, durante este primeiro momento,
responder apenas mentalmente duas perguntas:
1)
Como deve
ser a atuação de um(a) leigo(a) que acredita na verdade de Cristo e se propõe a
colaborar com o projeto de Deus?
2)
O que eu
faço para ser um agente de transformação no mundo?
·
Para o
tempo de reflexão individual e meditação acerca da relação da leitura bíblica
com o que foi exposto sobre o papel das leigas e leigos, pode ser tocada uma
música.
Sugestão: “Vejam, eu andei pelas vilas”
1)Vejam, eu andei pelas vilas,
apontei as saídas,
Como o Pai me pediu,
Portas, eu cheguei para abri-las
Eu curei as feridas como nunca se viu
Por onde formos também nós,
Que brilhe a tua luz
Fala Senhor a nossa voz,
em nossa vida
Nosso caminho então conduz,
queremos ser assim
Que o Pão da Vida nos revigore
no nosso Sim!
2) Vejam, fiz de novo a leitura,
das raízes da vida
Que meu Pai vê melhor.
Luzes, acendi com brandura,
para ovelha perdida
Não medi meu suor. Refrão
3) Vejam, procurei bem aqueles,
que ninguém procurava
E falei de meu Pai.
Pobres , a esperança que é deles,
eu não quis ser escravo
De um poder que retrai. Refrão
4) Vejam, semeei consciência,
nos caminhos do povo
Pois o Pai quer assim
Tramas, enfrentei prepotência,
dos que temem o novo
Qual perigo sem fim. Refrão
5) Vejam, eu quebrei as algemas,
levantei os caídos
Do meu Pai fui as mãos
Laços, recusei os esquemas,
eu não quero oprimidos /
Quero um povo de irmãos. Refrão
DINÂMICA PARA PARTILHA
Condutor(a): Depois deste tempo de reflexão
individual, vamos partilhar de um jeito diferente as conclusões e pensamentos
que tivemos.
Para
isso, peço que todos fiquem em pé, em círculo. O primeiro irmão vai pegar o
rolo de barbante e, ao dizer o que pensou no momento de meditação (sobre qual é
o papel do leigo e o que faz para exercer essa vocação), vai jogar o rolo para
o próximo irmão que também vai expor as suas reflexões, segurar o fio e jogar o
rolo para o próximo irmão escolhido. Continua a dinâmica até o rolo retornar
para a pessoa que começou.
·
Ao final,
será formada uma “teia” que, para essa dinâmica será a Igreja, compreendida
como “o povo de Deus” (CNBB, Doc. 105, n. 94)
Condutor(a): Agora que já conversamos sobre
as possibilidades de atuações concretas dos leigos, convido os irmãos a
pensarem e partilharem o que acham que representam estes fios e o que eles
formaram.
·
Para
conduzir a reflexão e guiar as partilhas, pode-se usar as conclusões sugeridas
a seguir. No encontro possivelmente surgirão ainda outras que podem contribuir
ainda mais para a motivação final.
Algumas
possíveis conclusões:
1) Solidez: O
emaranhado de fios não é preso por nada físico, mas forma uma teia forte e
complexa. Assim também é a nossa Igreja: uma realidade formada por um todo, não
segundo a carne, mas segundo o Espírito Santo, que nos mantem unidos ao redor
do mesmo propósito (seguir o Evangelho conforme nos ensinou Nosso Senhor Jesus
Cristo).
2) Diferenças: Cada
fio tem uma extensão própria e foi colocado nessa teia em um momento diferente,
assim também somos nós. A unidade da Igreja se realiza na diversidade: dos
rostos, carismas, funções e ministérios ((CNBB, Doc. 105, n. 93). Porém a
estrutura vai sempre se manter na mesma ideia (aqui, a teia, para nós, a
primazia do amor – 1Cor 13), da qual surge a possibilidade de integrar
organicamente a diversidade e o serviço de todos que querem exercer alguma
função. Também as ações que realizamos são diversas (como testemunho, ética e
competência na atividade profissional, serviços pastorais, atuação cultural e
política etc) mas todas são igualmente importantes para a construção do todo.
3) Movimento: Se não
houvesse uma força que movesse o barbante, essa teia nunca iria se formar. Da
mesma forma, devemos nos impulsionar para sermos agentes da transformação, para
sermos a “Igreja em Saída”, como tanto nos pede o Papa Francisco. A partir da
nossa conversão pessoal, podemos dar um “salto” e nos transformar em
transformadores da realidade, que contribuirão efetivamente para o Reino de
Deus.
MOTIVAÇÃO
FINAL
Depois de
refletirmos com base no documento construído pela CNBB e pensarmos também em
nossa posição para efetivar os anseios da Igreja de Cristo, somos provocados a
ir além.
Nos
ensinam as escrituras: “Como bons administradores da multiforme graça de Deus,
cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu. Se alguém tem o dom
de falar, fale como se fossem palavras de Deus. Se alguém tem o dom do serviço,
exerça-o como capacidade proporcionada por Deus, a fim de que, em todas as
coisas, Deus seja glorificado, por Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o
poder, pelos séculos dos séculos.” (1Pd 4, 10-11).
Assim,
que sejamos impulsionados pelo desejo de mudança de Francisco e tenhamos sempre
o Evangelho como guia para atuar como verdadeiros agentes em busca da revolução
do amor!
ORAÇÃO
FINAL
(Sugestão:
colocar em slides ou imprimir para todos)
Oração
para o Ano Nacional do Laicato:
Ó
Trindade Santa, / Amor pleno e eterno, / que estabelecestes a Igreja como vossa
“imagem terrena”: Nós vos agradecemos / pelos dons, carismas, / vocações,
ministérios e serviços / que todos os membros de vosso povo realizam / como
“Igreja em saída”, / para o bem comum, / a missão evangelizadora / e a
transformação social, /no caminho de vosso Reino. Nós vos louvamos / pela
presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil / sujeitos
eclesiais, testemunhas de fé, / santidade e ação transformadora. Nós vos
pedimos, que todos os batizados / atuem como sal da terra e luz do mundo: / na
família, no trabalho, / na política e na economia, / nas ciências e nas artes,
/ na educação, na cultura e nos meios de comunicação; / na cidade, no campo e
em todo o planeta, / nossa “casa comum”. Nós vos rogamos que todos contribuam/
para que os cristãos leigos e leigas / compreendam sua vocação e identidade, /
espiritualidade e missão, / e atuem de forma organizada na Igreja e na
sociedade/ à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres. Isto vos
suplicamos / pela intercessão da Sagrada Família, / Jesus, Maria e José, /
modelos para todos os cristãos. / Amém!
Paz e Bem!
Gabriela
Consolaro Nabozny
Fraternidade
Santíssima Trindade - Florianópolis/SC
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